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sábado, 24 de maio de 2014




 
TAYLOR TAMBÉM É O CRIADOR DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS (SIG)


Copyright @ Koiti Egoshi, 24 de Maio de 2014
Todos os Direitos Reservados - Permitida a Cópia desde que citada Esta Fonte
koiti@egoshi.com.br  
  

Resumo


Este artigo analisa o livro “Princípios de Administração Científica” e defende a ideia de que Frederick Winslow Taylor também é o criador do Sistema de Informações Gerenciais (SIG).
Palavras-Chave: Analista de Negócios, Analista de Processos, Analista de Sistemas, Análise de Negócios, Análise de Processos, Análise de Sistemas, Bancos de Dados, CHA (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes), Ciência da Administração, Eficácia, Eficiência, Organização & Métodos, Sistema de Informações Gerenciais (SIG), Sistemas de Informação.

INTRODUÇÃO
 
Este artigo fundamenta-se na hodierna visão da Administração de Negócios, segregada em Análise de Negócios, Análise de Processos e Análise de Sistemas na Era Internet.

A partir da compreensão dessas subáreas, defende-se aqui a ideia de que Frederick Winslow Taylor também é o criador do Sistema de Informações Gerenciais (SIG).

Para tanto, analisa-se aqui em primeiro lugar, a Administração Científica de Taylor, no tópico “O Caminho do Sucesso com a Administração Científica de Taylor”.  
Em seguida, descrevem-se as “Características de um Sistema de Informações Gerenciais (SIG)”, como ferramenta de tomada de decisões estratégicas, táticas e operacionais.
 
E finalmente, defende-se a ideia de que “Taylor é também o Criador do Sistema de Informações Gerenciais (SIG)”.
  
1. O CAMINHO DO SUCESSO COM  A ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA DE TAYLOR
 
Taylor até se notabilizar com “Princípios de Administração Científica” foi multiespecialista e multiprofissional: operário, maquinista, escriturário, contramestre, contador, técnico em mecânica, engenheiro mecânico, inventor e consultor etc.
 
De modo geral todos no mundo dos negócios sabem que Frederick Winslow Taylor (1856-1915) é o autor do livro “Princípios de Administração Científica” que foi lançado nos Estados Unidos em 1911. E a grande maioria sabe que, junto ao engenheiro de minas Jules Henri Fayol (1841-1925), é considerado criador da Ciência da Administração, Escola da Administração e Profissão de Administrador. Como tais criadores, podemos entender que enquanto Fayol enfocou estrutura (estrutura organizacional de trabalhadores – principalmente o escritório e a parte administrativa da empresa como um todo), Taylor enfocou processo (em seus mínimos detalhes operacionais na forma de tarefas rotinizadas – na fábrica e, separando o escritório da fábrica). Ou seja, um completou o outro, para uma efetiva administração de empresas.
 
Enfrentando ferrenhos críticos ao seu trabalho, Taylor obstinadamente apresentou um Caminho Ideal de Sucesso não só às empresas, como também aos profissionais e aos indivíduos da sociedade. Apresentamos uma síntese desse caminho ideal de sucesso, consubstanciado no livro “Princípios de Administração Científica”:
 
MISSÃO
 
"Assegurar o máximo de prosperidade ao patrão, e ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado" (TAYLOR, 1985, p. 29), com o aumento da eficiência operacional, que em última instância, não só favorecerá o empregado e o patrão, como também o consumidor em geral – como bem escreveu Taylor “o povo recebe a maior parte dos benefícios” (TAYLOR, 1985, p. 123). Com essa apregoação de Ideal Comum a Todos, Taylor mostrava-se também um profundo Analista de Negócios.

MÉTODO CIENTÍFICO
 
Trabalhar com Método Científico, ao invés de Método Empírico, isto é, trabalhar com a Administração Científica – analisando-se sistematicamente processos e estruturas produtivas – como procedem hoje Analista de Negócios, Analista de Processos e Analista de Sistemas.
 
DIVISÃO DO TRABALHO
 
Aqui Taylor aplica conhecimentos de um verdadeiro Analista de Sistemas, dividindo o todo em partes:
 
·         FAZER e PENSAR: trabalhador FAZ de acordo com Tarefas Rotinizadas (Processos) previamente e o chefe PENSA/PLANEJA/DESCREVE tais Tarefas Rotinizadas, além de trabalhar junto tanto quanto necessário e possível;
·         ESPECIALIZAÇÃO – cada macaco no seu galho; Produção e Administração em Paralelo de todoas as atividades que pdoem ser realizadas ao mesmo tempo em espaços segregados, aplicando a chamada ADMINISTRAÇÃO FUNCIONAL ou CHEFIA NUMEROSA, com a Substituição de Um Contra-Mestre por Oito Supervisores Especialistas.
 
GERENCIAMENTO DE PESSOAL
 
Como um verdadeiro Analista de Processos de hoje, Taylor desenha um eficiente mapa de processos e estruturas necessário para o  sucesso das empresas:
 
  • Seleção Científica do Trabalhador – de acordo com a Descrição de Cargo;
  • Educação (Mudança de Mentalidade de Indolência Natural para Indolência Sistemática), Ensino (Instrução por Escrito de Rotinas de Trabalho), Treinamento (em Rotinas de Trabalho) e Adestramento (Repetição de Rotinas de Trabalho, para minimizar erros);
  • Compreensão da Lei da Fadiga e Respeito ao Limite Físico do Trabalhador – para não só aumentar a produtividade por empregado, como também para convencer o empregador a reduzir a quantidade de horas trabalhadas por empregado;
  • Horário de Trabalho Fixo de 8 Horas e 4 Intervalos de Descanso;
  • Psicologia de Apoio, incentivando a Cooperação e mantendo a Moral da Equipe;
  • Administração por Incentivos e Iniciativas, concedendo Prêmios e Benefícios por Produção.
MINIMIZAÇÃO E RACIONALIZAÇÃO DE TEMPOS E  MOVIMENTOS
 
Demonstrando profundo conhecimento de Análise de Processos, Taylor propõe “eliminar os movimentos falhos, lentos e inúteis” (TAYLOR, 1985, p. 108):
 
  • Redução de Movimentos – menos Tempo, menos Esforço e menos Fadiga.
  • Redução de Tempos – mais Produção e mais Períodos de Descanso.
  • Redução de Espaços – quantidade, peso e tamanho, a serem trabalhados.
Todos esses conhecimentos de Análise de Processos são cada vez mais largamente aplicados na Administração de Logística Integrada desta Era Internet.


PADRONIZAÇÃO DE MÉTODOS E INSTRUMENTOS DE TRABALHO
 
Para agilizar execução de tarefas com um mínimo de erros, Taylor realiza uma verdadeira Análise de Processos e  propõe Padrão de Tudo, inclusive:
 
  • Métodos de Trabalho – Tarefas sob a forma de Rotinas por Escrito.
  • Instrumentos de Trabalho – identificação e alocação no tempo certo ou, kit de trabalho.
Este Caminho Ideal de Sucesso pode ter outro nome: Caminho do Aumento da Produtividade – que é a outra grande contribuição de Taylor à humanidade, conforme se descreve a seguir:

 
PRODUTIVIDADE é (+) PRODUÇÃO em (–) TEMPO com  (–)  CUSTO e  (+)  QUALIDADE.
 
PRODUTIVIDADE = Produzir (+) em (–) TEMPO com  (–)  CUSTO e  (+)  QUALIDADE.
 
TEMPO (duração), CUSTO ($$$) e QUALIDADE (propriedade, característica e atributo*)
são
FATORES DE PRODUÇÃO.
 
Produção é efeito / resultado (produto).
Produtividade é a Capacidade de Gerar Produção utilizando Fatores de Produção.
Então,
 
PRODUTIVIDADE       =                   PRODUÇÃO
                                                              FATORES DE PRODUÇÃO
 
*Que constituem Especificações Funcionais e Especificações Técnicas de Produtos Finais (Bens e /ou Serviços).
 
 
 
 
 
Hodiernamente nos recorremos ao Ciclo PDCA de Walter Andrew Shewhart (1891-1967) da Bell Laboratories que o criou em 1930, para explicar sintética e sistematicamente a Administração no sentido de Planejar, Executar (conforme “o Planejar”), Checar (Calcular a Diferença entre “o Planejar” e o Resultado de Executar) e Providenciar (Correções e Melhorias a partir da Diferença) – que Taylor explica em mínimos detalhes no seu livro. Também podemos fazer o mesmo com o Ciclo “Prever – Organizar – Comandar – Coordenar – Controlar” de Fayol (1981, p. 26).

Em seguida, descrevem-se as características de um Sistema de Informações Gerenciais (SIG), com o objetivo de defender o trabalho como um todo de Taylor, um verdadeiro desenvolvimento de SIG.


  
2. CARACTERÍSTICAS DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS (SIG)

Desenvolvemos produtos, considerando-se primeiramente, as Especificações Funcionais para depois entrar em detalhes das Especificações Técnicas.

Especificações Funcionais estão diretamente associadas às necessidades e exigências do consumidor ou usuário – neste sentido, produtos têm que ser funcionais, práticos e fáceis de usufruir.

Especificações Técnicas são detalhes técnicos quanto às propriedades, características e atributos de qualidade de produtos – que em princípio, somente técnicos têm obrigação de entender em mínimos detalhes técnicos.

No caso deste artigo, só nos interessam as Especificações Funcionais – já que consideramos aqui Sistema de Informações Gerenciais minimalistamente como um produto simples, artesanal e manual, para Tomada de Decisões Estratégicas, Táticas e Operacionais.

E assim, podemos ignorar as Especificações Técnicas – de um sistema de informações gerenciais dos dias de hoje, em Rede Internet.   

Então, são as seguintes as Especificações Funcionais de um Sistema de Informações Gerenciais:

1º. Dispor de uma tabela previamente programada no SIG, conforme exemplo a seguir:
 
 
 
Seq
Contas / Indicadores de Performance
Mês-1
Mês-2
Variação %
 
//////
////////////////////////////////////////////////////////////
//////////////////
//////////////////
//////////////////
 
1
Total de Contas Existentes no Período
 
 
//////////////////
 
2
Total de Contas Novas no Período
 
 
//////////////////
 
3
Total de Contas Encerradas no Período
 
 
//////////////////
 
4
Total de Contas Ativadas no Período
 
 
//////////////////
 
5
Total de Contas Inativas no Período
 
 
//////////////////
 
//////
////////////////////////////////////////////////////////////
//////////////////
//////////////////
//////////////////
 
6
Taxa de Crescimento = [ (2 : 1) – 1 ] X 100
(Contas Novas  / Contas Existentes)
 
 
 
 
7
Força do Crescimento = [ (2 : 3) – 1 ] X 100
(Contas Novas  / Contas Encerradas)
 
 
 
 
8
Força da Ativação =  [ (5 : 1) – 1 ] X 100
(Contas Ativadas / Contas Inativas)
 
 
 
 
9
Taxa de Atividade =  [ (4 : 1) – 1 ] X 100
(Contas Ativadas / Contas Existentes)
 
 
 
 
10
Taxa de Inatividade =  [ (5 : 1) – 1 ] X 100
(Contas Inativas / Contas Existentes)
 
 
 
 
11
Taxa de Falência = [ (3 : 1) – 1 ] X 100
(Contas Encerradas / Contas Existentes)
 
 
 
 
 

2º. Possibilitar entrar com informações sobre as contas 1 a 5 em dispositivos de Entrada – como por exemplos nas atividades de uma empresa de cartões de crédito: Total de Contas Existentes, Total de Contas Novas, Total de Contas Encerradas, Total de Contas Ativadas, Total de Contas Inativas.

3º. Calcular Total de Ocorrências (Transações Operacionais) e gravar Total de cada conta (1 a 5) nas colunas Mês-1 e Mês-2.

4º. Calcular contas 6 a 11 (conforme respectivas equações) e gravar nas colunas “Mês-1” e “Mês-2”, bem como na coluna  “Variação %”.

5º. Disponibilizar ou imprimir um relatório sintético (com nomes e números fictícios), conforme abaixo:

CARTCRED – ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE CRÉDITO
RELATÓRIO SINTÉTICO DE INDICADORES DE PERFORMANCE
Seq
Contas / Indicadores de Performance
Fevereiro
Março
Variação %
 
//////
////////////////////////////////////////////////////////////
//////////////////
//////////////////
//////////////////
 
1
Total de Contas Existentes no Período
12.450.372
13.983.458
//////////////////
 
2
Total de Contas Novas no Período
1.869.050
2.145.585
//////////////////
 
3
Total de Contas Encerradas no Período
   489.378
   600.499
//////////////////
 
4
Total de Contas Ativadas no Período
7.719.231
5.483.251
//////////////////
 
5
Total de Contas Inativas no Período
4.731.141
8.500.207
//////////////////
 
//////
////////////////////////////////////////////////////////////
//////////////////
//////////////////
//////////////////
 
6
Taxa de Crescimento = [ (2 : 1) – 1 ] X 100
(Contas Novas  / Contas Existentes)
15,01%
15,34%
+2,20%
 
7
Força do Crescimento = [ (2 : 3) – 1 ] X 100
(Contas Novas  / Contas Encerradas)
3,82X
3,57X
  –6,54% 
 
8
Força da Ativação =  [ (5 : 1) – 1 ] X 100
(Contas Ativadas / Contas Inativas)
1,63X
0,65X
–60,12%
 
9
Taxa de Atividade =  [ (4 : 1) – 1 ] X 100
(Contas Ativadas / Contas Existentes)
62,00%
39,21%
–36,76%
 
10
Taxa de Inatividade =  [ (5 : 1) – 1 ] X 100
(Contas Inativas / Contas Existentes)
38,00%
60,79%
+60,00%
 
11
Taxa de Falência = [ (3 : 1) – 1 ] X 100
(Contas Encerradas / Contas Existentes)
3,93%
4,29%
+9,16%
 
 
 
 
Em seguida analisaremos o trabalho de Taylor e concluiremos que, ele exatamente seguiu esse passo a passo, na sequência que caracteriza Especificações Funcionais de um Sistema de Informações Gerenciais.


3. TAYLOR É TAMBÉM O CRIADOR DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS (SIG)

Segue tabela, onde Taylor demonstra sistematicamente resultados de seu trabalho na Bethlehem Steel Company, conforme replicamos abaixo:
 
 
VELHO SISTEMA
NOVO SISTEMA
 
NÚMERO DE TRABALHADORES
 
 
400 a 600
 
140
 
MÉDIA DE TONELADAS POR DIA PARA CADA HOMEM
 
 
16
 
59
 
MÉDIA DE REMUNERAÇÃO POR DIA PARA E POR HOMEM
 
 
$  1,15
 
$ 1,88
 
CUSTO MÉDIO DE CARREGAMENTO DE UMA TONELADA
 
 
$ 0,072
 
$ 0,033
Resultados Econômicos do Sistema de Organização Científica
Fonte: Taylor (1985, p. 74)
 
É incrível, mas quase ninguém se ateve anos a fio, a essa tabela, a única ilustração do seu livro (afora três equações que ele demonstra na página103), nem mesmo à explicação detalhada de Taylor sobre esses números obtidos.

Talvez porque a grande maioria detesta métodos quantitativos e / ou considera pouco importantes tais informações.
Mas, são valiosíssimas as informações que Taylor nos apresenta. Porque essa tabela é uma coisa que nós chamamos hoje de Relatório Sintético. E a correspondente explicação detalhada, sobre a tabela, é o Relatório Analítico. Relatório Sintético e Relatório Analítico sobre o quê?

Justamente sobre Produtividade – o trabalho central de Taylor. Sobre o Aumento de Produtividade de um “velho sistema” para “novo sistema”, como ele os denominou.

Conforme ele faz explicação detalhada (“relatório analítico”) em seguida à tabela (“relatório sintético”): “Durante esse ano a economia, resultante da aplicação do novo sistema, ascendeu a $36.471,69 dólares e durante os seis meses seguintes, quando todo o serviço do pátio efetuou-se pelo sistema novo de trabalho por tarefa, a economia anual foi de $75.000 a $80.000 dólares” (TAYLOR, 1985, p. 74).

É assim que fazemos ainda hoje com nosso relatório analítico sobre o relatório sintético, passo a passo, conforme demonstramos anteriormente. Da mesma forma fez Taylor, conforme acabamos de demonstrar:

1º. Previamente desenhou a tabela (sem os valores) e a chamou de “Resultados Econômicos do Sistema de Organização Científica”.

2º. Contou os valores correspondentes de cada conta: Trabalhadores, Toneladas, Remuneração e Custo de Carregamento.

3º. Calculou Total de Valores de cada uma dessas contas; contou quantidade total de dias trabalhados.

4º. Calculou as médias de contas.

5º. Escreveu os resultados dos cálculos das médias de contas sobre a tabela que antes desenhou e a chamou de “Resultados Econômicos do Sistema de Organização Científica (relatório sintético).

Em síntese:

Todas essas Especificações Funcionais passo a passo caracterizam essa tabela e a explicação detalhada de Taylor, como um verdadeiro Sistema de Informações Gerenciais.

Taylor selou de vez essa assertiva ao deixar registrado em seu livro pelo menos três enfoques comprobatórios:

1º. “No passado, o homem estava em primeiro lugar; no futuro, o sistema terá a primazia” (TAYLOR, 1985, p. 27);

2º. “E o autor acredita firmemente que a administração científica será adotada para obter, primeiramente a eficiência do patrão e do operário e depois uma razoável divisão dos lucros de seus esforços comuns, porque a administração científica visa servir às três partes aludidas, por meio de investigação científica e imparcial de todos os elementos do problema” (TAYLOR, 1985, p. 125).

3º. “A administração científica não encerra, necessariamente, invenção, nem descoberta de fatos novos ou surpreendentes. Consiste, entretanto, em certa combinação de elementos que não fora antes realizada, isto é, conhecimentos coletados, analisados, agrupados e classificados, para efeito de leis e normas que constituem uma ciência seguida de completa mudança na atitude mental dos trabalhadores e da direção, quer reciprocamente, quer nas respectivas atribuições e responsabilidades” (TAYLOR, 1985, p. 125).

No primeiro enfoque, ele destaca a importância do “sistema” – que no caso é a Administração Científica como
um todo funcionando tudo por escrito (isto é, informação) – “muito há que fazer e deve ser feito, por meio da palavra e publicações para instrução não só dos trabalhadores como de todas as classes em geral” (TAYLOR, 1985, p. 42); “instruções escritas completas” (TAYLOR, 1985, p. 51); “estudar, com o cronometro de parada automática, o tempo exigido para cada um destes movimentos elementares e então escolher os meios mais rápidos de realizar as fases do trabalho” (TAYLOR, 1985, p. 108); “sistema mnemônico para classificar os produtos” (TAYLOR, 1985, p. 118).

No segundo enfoque, ele promove a “investigação científica e imparcial” – que denota a importância de se instituir padrões de desempenho (de cima para baixo), em primeiro lugar, para com base nesses padrões, administrar controles (de baixo para cima) objetivando corrigir e aprimorar tarefas com “cooperação íntima e cordial entre a direção e os trabalhadores” (TAYLOR, 1985, p. 119) – ou nas próprias palavras de Taylor, “esta cooperação estreita, íntima e pessoal, entre  direção e o trabalhador, é parte essencial da administração científica ou administração das tarefas”(TAYLOR, 1985, p. 42).

Definitivamente no terceiro enfoque, ele praticamente descreve as características de um Sistema de Informações Gerenciais: “certa combinação de elementos” de “conhecimentos coletados, analisados, agrupados e classificados”, para a tomada de decisões estratégicas, táticas e operacionais (“para efeito de leis e normas que constituem uma ciência seguida de completa mudança na atitude mental dos trabalhadores e da direção, quer reciprocamente, quer nas respectivas atribuições e responsabilidades”).

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS


Sim, Taylor também é o criador do SIG (Sistema de Informações Gerenciais) – da forma como conhecemos hoje, de uma forma bem rudimentar. Taylor foi o primeiro a desenvolvê-lo na forma de tabela e explicação detalhada.

Com esse simples sistema de informações gerenciais senão simplória tabela que Taylor apresenta no seu livro, ele abriu caminho para os modernos e avançados sistemas de informações gerenciais em redes de computadores da Era Internet.

É claro, que ele o desenvolveu sem computador, que na sua época ainda não havia sido concebido. A humanidade levou mais uns 50 anos para aprimorar esse SIG rudimentar de Taylor e desenvolvê-lo em computadores – inserindo inclusive, a coluna de variação de um período para outro, conforme este autor que vos escreve, demonstra a seguir:
 
 
RELATÓRIO SINTÉTICO
DO TRABALHO DE TAYLOR NA BETHLEHEM STEEL COMPANY
Copyright @ Koiti Egoshi, 1º de Maio de 2001 – Todos os Direitos Reservados
Permitida a Cópia desde que citada Esta Fonte
 
Indicador de Performance
Antes
Depois
Variação
Em Vezes ou %
1. TRABALHADORES
400
a
600
 
140
0,35X ou –65%
a
0,23X ou –77%
2. MÉDIA DE TONELADAS POR DIA PARA CADA HOMEM
(Produtividade do Trabalho)
16
59
3,6875X
ou
+268,75%
3. MÉDIA DE REMUNERAÇÃO POR DIA PARA CADA HOMEM
(Produtividade da Renda)
1,15
1,88
1,6347X
ou
+63,47
4. CUSTO MÉDIO DE CARREGAMENTO DE UMA TONELADA
(US$)
0,072
0,033
0,4583
–54,16%
5. PRODUTIVIDADE LÍQUIDA DA EMPRESA (23)
 
 
2,0528
ECONOMIA DE CUSTO NO PRIMEIRO ANO
(US$)
 
 
36,471.69
ECONOMIA DE CUSTO NO SEGUNDO ANO
(US$)
 
 
80,000.00
Fonte: Taylor (1985, p. 74), com inclusões de linhas e colunas de Variação
 
 
Por este Relatório Sintético inferimos a grandiosidade de Taylor ao explicar a relatividade de elementos entre si, realizando análise horizontal e análise vertical entre esses elementos, conforme ele expõe em sua explicação detalhada. Por conseguinte, ele justifica a importância de um SIG.
 
De fato, efetuando-se uma análise mais acurada, conclui-se que:
 
1º.  A MÉDIA DE TONELADAS POR DIA PARA CADA HOMEM (2) é aquilo que denominamos hoje, de Produtividade do Trabalho (de Cooperação entre patrões e empregados).
 
2º. A MÉDIA DE REMUNERAÇÃO POR DIA PARA CADA HOMEM (3) é Produtividade da Renda (de empregados).
 
3º.  A diferença entre (2) e (3) é a Produtividade Líquida da Empresa.
 
Com sua explicação detalhada Taylor justifica a necessidade de todos (patrões e empregados) obterem o máximo de Produtividade Líquida da Empresa – afinal, “o principal objetivo da administração deve ser o de assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado” (TAYLOR, 1985, p. 29) “e depois, uma razoável divisão dos lucros de seus esforços comuns porque a administração científica visa servir às três partes aludidas, por meio de investigação científica e imparcial de todos os elementos do problema” (TAYLOR, 1985, p. 125).
 
Oportunamente cabe aqui finalizar que, Taylor com essa explicação detalhada (que caracteriza bem um Relatório Sintético de um SIG) justifica a importância da Administração Científica para o aumento de produtividade para a sobrevivência e o progresso de patrões e empregados, bem como da justa distribuição de lucros entre eles – em um mundo em que queiram ou não os contras, é a lógica capitalista que move o mundo de longa data, e ainda não inventaram outra melhor forma de fazer a humanidade mais feliz.
 
Para tamanho propósito, Taylor propõe “certa combinação de elementos”, “isto é, conhecimentos coletados, analisados, agrupados e classificados, para efeito de leis e normas que constituem uma ciência seguida de completa mudança na atitude mental dos trabalhadores e da direção, quer reciprocamente, quer nas respectivas atribuições e responsabilidades” (TAYLOR, 1985, p. 125). Nas palavras de hoje, um SIG para a tomada de decisões estratégicas, táticas e operacionais, objetivando aumento da produtividade que beneficiará não só uma empresa, como também a sociedade como um todo – nas palavras de Taylor, “o público em geral seria o mais beneficiado” (TAYLOR, 1985, p. 126).
 
Taylor em todo o seu livro enfatiza a importância estratégica, tática e operacional para a Administração de Empresas – que hoje deve estar firmemente alicerçada e suportada por eficientes sistemas de informações gerenciais em rede Internet.   
 
 
 
 
Referências Bibliográficas
FAYOL, Henri. Administração Industrial e Geral. São Paulo: Atlas, 1981.
TAYLOR, Frederick Winslow. Princípios de Administração Científica. São Paulo: Atlas, 1985.
 
 
 
 

 

 
 







 
 
 
 
 
 
 

 
 
 

terça-feira, 15 de abril de 2014

Sobre Papel de Analista de Negócios, Analista de Processos e Analista de Sistemas


 
 
 
ANALISTA DE NEGÓCIOS, ANALISTA DE PROCESSOS E ANALISTA DE SISTEMAS
Copyright @ Koiti Egoshi, 15 de Abril de 2014
Todos os Direitos Reservados - Permitida a Cópia desde que citada Esta Fonte
 
 

INTRODUÇÃO
 

Nesta Era Internet destacam-se três tipos de profissionais qualificados de Administração: Analista de Negócios, Analista de Processos e Analista de Sistemas.

Analista de Negócios faz Análise de Negócios. Analista de Processos faz Análise de Processos. Analista de Sistemas faz Análise de Sistemas.

Cada qual tem suas características que lhe são próprias e particulares. Todos eles realizam funções específicas e complementares entre si, nas empresas desta Era Internet.

O Analista de Negócios trata do O QUE FAZER em negócios. O Analista de Processos trata do COMO FAZER Processos de Negócios. E ao Analista de Sistemas cabe TRANSFORMAR Processos de Negócios em Estruturas de Redes de Sistemas de Informação e Bancos de Dados.



O PAPEL DO ANALISTA DE NEGÓCIOS

O Analista de Negócios trata de O QUE FAZER em negócios. Ele vive intimamente relacionado com produtos (bens e / ou serviços) atuais e novos, com os quais uma empresa terá sucesso no mercado e lucratividade para ela. Tem muito a ver com as áreas estratégicas de Finanças, Marketing e Planejamento Estratégico.

O Sucesso do Analista de Negócios está diretamente relacionado com obtenção de Resultados de Negócios com os Produtos. Para tanto, ele tem que ser consiliente (*). Consiliente para a Ciência da Administração significa ser eficaz. Isto é, o Analista de Negócios deve ser eficaz e focado em resultadosde dentro para fora de sua empresa. Seu foco é competitividade da empresa no mercado com produtos e para tanto, cobra o escopo de produtividade e qualidade de produtos de seus colegas profissionais como Analista de Processos e Analista de Sistemas além dos tradicionais Profissionais de Marketing e Produção.



O PAPEL DO ANALISTA DE PROCESSOS
 

O Analista de Processos trata de COMO FAZER Processos de Negócios e Processos de Produtos, em seus mínimos detalhesoperacionais e técnicos. A ele compete criar processos produtivos de produtos novos e aprimorar processos produtivos de produtos atuais – bem como analisar processos de negócios em geral, com o objetivo de estabelecer eficientes estruturas organizacionais e eficientes equipes de trabalho. Seu foco é produtividade e qualidade de produtos (bens e / ou serviços) – de fora para dentro da empresa.

O Analista de Processos da Era Internet praticamente ressuscita o antigo Analista de O & M (Organização & Métodos), de grande sucesso nos Anos 70 e Anos 80. Este foi sobrepujado pelo Analista de Sistemas, de conhecimentos, habilidades e atitudes não só pertinentes à informatização e automatização, como também de organização de processos e estruturas de trabalho. O Analista de Processos de hoje é o Analista de O & M de ontem – que evoluiu de uma visão restrita e estática da estrutura da empresa, para uma visão ampliada e dinâmica de processos organizacionais – que poderá competir hoje, em igualdade de condições com o Analista de Sistemas, desde que domine métodos, técnicas e ferramentas de informatização, automatização e internetização de processos e estruturas de negócios. E um tipo particular de Analista de Processos cada vez mais ganha espaço e evidência no mercado: o Analista de Estruturas e Processos Logísticos que é competente em Logística Integrada de Processos e Estruturas Empresariais Inbound, Mainbound e Outbound – neste caso, tem se que ampliar a visão de fora para dentro da empresa, integrando fornecedores à sua empresa (de um lado) e rede de distribuição (do outro lado).  

Portanto, o Analista de Processos deve ser eficiente. Sua empresa depende não só da Eficiência de Profissionais e Equipes de Trabalho, como também da Eficiência de Processos e Estruturas que ele ajuda a criar e a desenvolver, bem como corrigir e aprimorar produtos conforme Padrão de Excelência em Qualidade.

 

O PAPEL DO ANALISTA DE SISTEMAS
 

Cabe ao já velho Analista de Sistemas TRANSFORMAR Processos e Estruturas de Negócios em Estruturas de Redes de Sistemas de Informação e Bancos de Dados informatizados, automatizados e internetizados que tanto quanto possível, substituem processos manuais e estruturas a estes correspondentes. Para tanto, efetivamente deve ter competência de conhecimentos, habilidades e atitudes em tecnologias da informação e comunicação – inclusive, saber programar computadores e desenvolver aplicativos em rede Internet.

Desenvolver aplicativos (ou sistemas de informação) e bancos de dados em redes, para aumentar a produtividade da empresa, aprimorar a qualidade de produtos e ampliar a competitividade do portfólio de negócios no mercado.

O Analista de Sistemas com competência de CHA deve desenvolver eficientes estruturas (redes de sistemas de informação e bancos de dados) condizentes com processos empresariais de logística integrada pela Internet. Ele, tanto quanto possível, deve conciliar as necessidades do Analista de Negócios (de ser eficaz com produtos competitivos no mercado) com as necessidades do Analista de Processos (de ser eficiente com produtos de qualidade, bem como com processos e estruturas que sejam funcionais, práticas e seguras na fabricação desses produtos).

Saiba mais sobre profissionais em geral da área de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) aqui representado pelo Analista de Sistemas, visitando o Portal da Ciência da Administração e Tecnologia da Informação <http://www.cienciadaadministracao.com.br/oFuturodosProfissionaisdeTI.htm>.  
 


O GRANDE DESAFIO DE SER MULTIESPECIALISTA AO LONGO DA JORNADA DA VIDA

Seja você um profissional multiespecialista ao longo de sua jornada profissional: entenda tanto de Análise de Processos e Estruturas quanto de Análise de Negócios e Análise de Sistemas. Você tem um longo e prazeroso caminho a percorrer e curtir. É longo e prazeroso caminho porque é fascinante, fantástico e maravilhoso este nosso mundo de negócios, processos, estruturas e sistemas de informação da Era Internet!

 

 

 

 (*) Consiliente é um termo antigo que vem sendo resgatado por Edward Osborne Wilson (1929) desde a publicação de seu livro “Consilience: the Unit of Knowledge” em 1998 que foi lançado aqui no Brasil,  como “Consiliência: a Unidade do Conhecimento” (Wilson, 1999). Ser consiliente significa se ter uma ideia do todo antes de se aprofundar em alguma coisa. Esta é uma antiga ideia desde os gregos da Antiguidade; e o termo consiliência, segundo Pavania Júnior e Scucuglia (2011), foi pela primeira vez anunciada por “Willian Whewell, em 1840, em seu livro “The Filosophy of the Inductive Sciences”.  

 

 

 

Referências Bibliográficas

PAVANI JÚNIOR, Orlando e SCUCUGLIA, Rafael. Mapeamento e Gestão por Processos – BPM. São Paulo: M.Books, 2011.
 
PORTAL DA CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇAO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO. O Futuro dos Profissionais de Tecnologia da Informação e Comunicação.  Disponível em  <http://www.cienciadaadministracao.com.br/oFuturodosProfissionaisdeTI.htm>. Acesso em 15 abr 2014.  

WILSON, Edward Osborne. Consiliência: A Unidade do Conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 26 de março de 2013


FLUXO DE LOGÍSTICA E DE MATERIAIS PARA QUAISQUER RAMOS DE ATIVIDADES
Copyright @ Koíti Egoshi, 18 de Março de 2013
Todos os Direitos Reservados – Permitida a Cópia desde que Citada Esta Fonte  



Introdução

Nesta obra mais uma vez, aplicamos o Português Estruturado que por sua vez é aplicação da Análise Estruturada de Sistemas de linguagem lógica, esquemática, mnemônica, gráfica e seqüencial, com o uso de um mínimo possível de palavras, verbos e frases. E tais palavras, na medida do possível, devem ser palavras técnicas da área em análise. Palavras técnicas são Palavras-Chave que enriquecem o Glossário (de uma obra) e o Vocabulário Técnico (da área em análise).

Assim procedendo, foi aplicado esse Português Estruturado tanto para o gráfico do Fluxo de Logística e de Materiais exposto anteriormente, quanto para o texto a seguir, onde explicamos como naturalmente se deve fazer logística. Sim, logística deve ser feita de uma forma mais natural possível, para se viver e progredir na vida. Porque a vida em si segue toda uma logística.

Então, vamos progredir na vida, passo a passo – embora artificial, de forma mais natural possível. Segue explicação das Onze Atividades que trabalhamos em Fluxo de Logística e de Materiais para Quaisquer Ramos de Atividades.


1. Fazer Negócio com PF

Para progredir na vida, decidimos fabricar um PF para vender lucrando. Por Produto entende-se tanto um Bem quanto um Serviço. Fabricamos tanto um Bem (exemplo: livro) quanto um Serviço (exemplo: contabilidade). 


2. Criar IE (Fabril e Escritural)

Para fabricarmos um PF é antes necessário investir, para depois lucrar. Investir em dois tipos de Infra-Estrutura: Fabril e Escritural.

Infra-Estrutura Fabril ou de Fábrica (com Máquinas, Equipamentos, Aparelhos, Utensílios e Computadores), para fabricar PF.

Infra-Estrutura Escritural ou de Escritório (com Móveis, Aparelhos e Computadores), para apoiar a Infra-Estrutura Fabril e para trabalhar atividades para vender cada vez mais.

Antes de se criar uma IE, devemos dimensionar seu tamanho para negócio em longo prazo no mercado. 


3. Planejar Produção de PF

Planejamos a Produção de PF, conforme possibilidade no mercado e IE criada.


4. Comprar (MP + IB)

Em seguida, compramos de Fornecedores MP e IB, conforme Nível de Produção de PF que estabelecemos no passo 3.


5. Transportar (MP + IB)

Transportamos de Fornecedores à Fábrica MP e IB.

Em geral, Fornecedores providenciam o Transporte. Aqui se incorre em Custo de Frete.


6. Estocar (MP + IB)

É necessário antes se dispor de um local para estocar MP e IB. Em geral, devemos estocar o mínimo necessário de MP e IB porque se incorre aqui um Custo de Estocagem.


7. Produzir PF

Combinamos, misturamos e transformamos MP e IB, para se produzir PF.


8. Estocar (PF + PI)

Aqui também é necessário antes se dispor de um local para estocar não só PF como também PI. Mais um Custo de Estocagem.


9. Transportar PF para PDV

É necessário o quanto antes despachar PF para PDV nas mais diversas regiões por aí afora. Mais um Custo de Frete.


10. Estocar PF

Estocar PF em PDV conforme Nível de Vendas Passadas.


11. Vender PF

Finalmente, vende-se o PF em PDV.  


Considerações Finais

Como explicitamos na Introdução, a vida em si segue toda uma logística.

Logística é uma coisa natural e antiga, mas só agora estudada cientificamente em seus mínimos detalhes (micro-análise) e no seu todo como uma integração de redes (macro-análise), pela Ciência da Administração. E aplicada artificial e sistematicamente em empresas, para otimizar resultados e lucros, maximizando benefícios e vendas de um lado, e minimizando problemas e custos, de outro. 

Cada vez mais aquela logística tradicional de Fornecedores de um lado, e Varejistas e Atacadistas (constituindo os chamados Canais de Distribuição) de outro, expande-se para uma ampla e complexa rede de logística integrada entre uma empresa contratante e seus operadores logísticos contratados.

Para tamanha rede de logística integrada funcionar com eficiência, contamos hoje, com redes de computadores interconectados em rede Internet. Essas redes de computadores de logística integrada, interconectadas como um todo em rede Internet, denomina-se SCM (Supply Chain Management).

A SCM é constituída básica e fundamentalmente por três redes interconectadas entre si pela Internet: Inbound (de Fornecedores à Fábrica), Mainbound (a Rede Interna da Fábrica) e Outbound (da Fábrica aos PDV).

A Inbound (de Fornecedores à Fábrica) básica e fundamentalmente compreende subsistemas WMS (Waterhouse Management System) e TMS (Transportation Management System), envolvendo transações de MP e IB entre Fornecedores e Compradores.

A Mainbound (a Rede Interna da Fábrica) básica e fundamentalmente compreende subsistemas MRP (Manufacturing Resource Planning), FMS (Flexible Manufacturing System) e MES (Manufacturing Execution System). Cada vez mais os três tendem a completar o Ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Action) de forma integrada, no chão da fábrica: MRP planeja (P), FMS executa (D) conforme planejado (P) e MES sincroniza e ajusta diferenças entre (D) e (P). Na medida em os três se integram entre si, também devem se integrar às redes externas Inbound e Outbound – como também à rede interna ERP (Enterprise Resource Planning) que suporta o Escritório Central.

Quanto ao Outbound (da Fábrica aos PDV), também básica e fundamentalmente compreende subsistemas WMS (Waterhouse Management System) e TMS (Transportation Management System), porém envolvendo transações de PF entre Varejistas, Atacadistas e outros distribuidores.   

A WMS controla a estocagem em geral (almoxarifado, depósito, armazém e centro de distribuição – de menor para maior escala de grandeza de locais para estocar) de produtos, ao longo de toda a Rede de Logística Integrada (constituída de Inbound, Mainbound e Outbound).

A TMS em princípio, controla a movimentação de produtos em Inbound e Outbound. E em última análise, a movimentação e a relação entre os Onze Grupos de Atividades do Fluxo de Logística e de Materiais no espaço e no tempo – que cada vez mais fica complexa e difícil de efetivamente administrar.    

Cabe a todas as áreas operacionais envolvidas na Logística Integrada juntamente com a área de Marketing e demais áreas estratégicas da empresa, posteriormente à venda, analisar a competência do Marketing Mix ou do Marketing dos 4 P (Produto, Preço, Promoção e Ponto de Venda). Para tanto, uma empresa pode dispor de uma eficiente rede externa CRM (Customer Relationship Management) integrada a SCM e a ERP. Para aprimorar continuamente a Qualidade não só do PF como também de todos os Onze Grupos de Atividades do Fluxo de Logística e de Materiais no espaço e no tempo. E claro, tendo como fim último, otimizar resultados e lucros.

Sim, também cada vez mais fica complexa e difícil de administrar a Qualidade de um Produto, seja um Bem ou Serviço.

O grande desafio para profissionais em prol da Qualidade é o de ampliar sua visão para além da Qualidade: entender e compreender que a Qualidade de um Produto está além desse Produto. Em outras palavras: trabalhar a Qualidade de um Produto como resultado do Trabalho de Qualidade em Todos os Onze Grupos de Atividades do Fluxo de Logística e de Materiais, no espaço e no tempo.

Mais do que nunca terão de implementar o Kaizen (Aprimoramento Contínuo) tendo a visão mais ampla possível de TQC (Total Quality Control).

Para tanto, empresas terão de contar com uma equipe inteligente e eficaz de profissionais, administrando uma eficiente Rede de Logística Integrada



Bibliografia

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UVB (UNIVERSIDADE VIRTUAL BRASILEIRA). Aula Nº 1 – Conceito de Logística Empresarial. Disponível em  http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_adm_7mod/logistica_e_distribuicao/pdf/aula01.pdf. Acesso em 12 mar 2013.
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UVB (UNIVERSIDADE VIRTUAL BRASILEIRA). Aula Nº 13 – Flexibilidades Logísticas. Disponível em  http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_adm_7mod/logistica_e_distribuicao/pdf/aula13.pdf. Acesso em 12 mar 2013.
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VIANA, João José. Administração de Materiais: Um Enfoque Prático.  São Paulo: Atlas, 2009.
WERKEMA, Cristina. Lean Seis Sigma – Introdução às Ferramentas do Lean Manufacturing. Belo Horizonte: Werkema, 2006, 120 p.
WERKEMA, Cristina. Criando a Cultura Seis Sigma. Belo Horizonte: Werkema, 2004, 256 p.
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quarta-feira, 3 de outubro de 2012


THOMAS WOODROW WILSON – O TERCEIRO FUNDADOR DA CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO
Copyright @ Koíti Egoshi, 03 de Outubro de 2012
Todos os Direitos Reservados – Permitida a Cópia desde que citada Esta Fonte

THOMAS WOODROW WILSON
Fonte: Wikipedia (2012)

Os engenheiros Taylor e Fayol não só criaram a Ciência da Administração, como também a Escola de Administração e a Profissão de Administrador.  

Frederick Winslow Taylor (1856-1915) no chão da fábrica, buscando melhores meios de aumentar a produtividade – no sentido bottom-up (de baixo para cima). Deixou para sempre registrada essa sua façanha no seu livro Principles of Scientific Management (Princípios de Administração Científica) lançado simultaneamente em Nova York e Londres, em 1911, pela editora Harper & Brothers.

Jules Henri Fayol (1841-1925) no escritório, teorizando sobre melhores formas de organização racional do trabalho – complementando Taylor no sentido top-down (de cima para baixo). Também deixou seu legado para sempre no livro Administration Industrielle et Generale (Administração Industrial Geral) lançado em Paris em 1916.

Como Taylor e Fayol foram mais voltados para empresas particulares, faltava alguém da mesma época mais voltado para a Administração do Estado e de seus órgãos públicos, empresas públicas e sociedades de economia mista. Para preencher essa lacuna, encontrei Thomas Woodrow Wilson (1856-1924), contemporâneo dos dois. Descobri ao longo desta minha pesquisa que, Wilson antecedeu a Taylor e a Fayol em prol da Ciência da Administração.

Thomas Woodrow Wilson (1856-1924), graduado em História e Ciência Política pela Johns Hopkins University, é tão somente conhecido em Política: como Presidente dos Estados Unidos de 1913 a 1921, pelo Partido Democrata, por duas vezes seguidas; laureado com o Nobel da Paz em 1919; como idealizador da Liga das Nações, precursora da ONU (Organização das Nações Unidas). Mesmo quando muito se fala dele, lembram-se por aí que antes de ser Presidente dos Estados Unidos, foi professor e Presidente da Universidade de Princeton. Até mesmo destacam seu lado ruim: “Woodrow Wilson também ficou conhecido por suas convicções racistas: reduziu bruscamente a participação de negros na política em muitos estados dos EUA, apesar de em sua campanha apregoar os Direitos Civis. Além disso, foi um grande interventor militar na América Latina, invadindo NicaráguaMéxicoPanamá e Haiti” (WIKIPÉDIA, 2012).

Mas poucos sabem de grande e maior contribuição de Wilson, para a Ciência da Administração. E esses poucos estão restritos aos poucos pesquisadores do meio acadêmico – mas, curiosamente, sequer faz parte do currículo normal das faculdades de administração do Brasil. Deveria fazer. Explicarei por que, ao longo deste post.

Enquanto jovem professor de Princeton, Woodrow Wilson apresentou em 1.887 um artigo intitulado “O Estudo da Administração”, onde propôs a idéia de separar a Administração Pública da Política. “Preocupavam Wilson os efeitos corruptores do favorecimento político na administração pública, particularmente à luz dos “enormes fardos de administração” que o governo estava assumindo na nova sociedade industrial do país” (REICH, 1983, pp. 79-80).  

Eleito presidente, “com uma só penada, Wilson separou grande parte do governo da política” (REICH, 1983, p. 80), isto é, criou um corpo de funcionários públicos não só técnicos, como também independentes da influência do poder de políticos. Desde então, não só o governo como empresas e norte-americanos em geral vêm providenciando aprimoramento contínuo de suas instituições democráticas, com base na Ciência da Administração que Wilson propôs e implementou. Daí porque, entre outros fatores claro, a Ciência da Administração tem feito dos Estados Unidos ao longo do tempo, a primeira e única potência econômica e militar do planeta, de todos os tempos.     

Como bem destaca Wilson (1946, p. 358): “O campo da Administração é um campo de atividades apolíticas” e “a Administração está fora da esfera própria da política. As questões administrativas não são questões políticas. Embora a política determine as tarefas para a administração, não se deve tolerar que ela maneje as suas repartições”.   

Outros dentre seus inúmeros ensinamentos são:

A Administração é a mais evidente parte do Governo; é o Governo em ação; é o executivo, operante, o mais visível aspecto do Governo, e, naturalmente, é tão antigo quanto o próprio Governo” (WILSON, 1946, p. 350).

A Administração está, por toda a parte, pondo as mãos em novos empreendimentos (WILSON, 1946, p. 352).

A idéia do Estado e o decorrente ideal de seus deveres estão passando por transformações dignas de nota; e “a idéia do Estado é a consciência da Administração”. Vendo-se cada dia novas coisas que o Estado deve fazer, cabe-nos ver em seguida claramente como deve ele fazê-las. Esta é a razão pela qual deve haver uma Ciência da Administração que procure retificar as trilhas do Governo, tornar as suas opiniões mais eficientes, fortalecer e purificar sua organização e incutir em seus deveres a devoção” (WILSON, 1946, p. 352).

“É mais difícil para a democracia organizar a Administração, do que para a monarquia. A própria extensão dos nossos mais caros sucessos políticos no passado nos embaraça. Entronizamos a opinião pública; e nos é vedado esperar durante o seu reinado por qualquer rápida aprendizagem do soberano em perícia executiva ou nas condições de perfeito equilíbrio funcional no Governo. O fato mesmo de que realizamos o Governo popular em sua totalidade, tornou a tarefa de organizar esse Governo tanto mais difícil. De modo a realizar qualquer avanço, devemos instruir e persuadir um monarca múltiplo chamado opinião pública, – um empreendimento muito menos praticável do que influenciar um único monarca denominado rei. Um soberano individual adotará um simples plano e o executará diretamente: não terá senão uma opinião e concretizará essa opinião em uma ordem. Mas esse outro soberano, o povo, terá dezenas de opiniões diferentes. Não podem concordar sobre nada simples: o avanço deve ser feito por meio de concessões, por uma conciliação de divergências, por uma poda de planos e uma supressão de princípios demasiado rígidos. Haverá uma sucessão de resoluções transcorrendo através de anos, uma descarga intermitente de ordens através de uma escala completa de modificações” (WILSON, 1946, p. 356).

“Em Governo, como em virtude, a mais difícil das coisas difíceis, é progredir. Antigamente, a razão disso era que o indivíduo que fosse soberano era, em geral, ou egoísta, ignorante, tímido ou um tolo, – embora, de quando em vez, houvesse alguém que fosse sábio. Atualmente a razão é que os muitos, o povo, que são soberanos, não têm um único ouvido do qual alguém possa aproximar-se e são egoístas, ignorantes, tímidos, teimosos ou tolos, com o egoísmo, a ignorância, a teimosia, a timidez ou as tolices de diversos milhares de pessoas – embora haja centenas que são sábios” (WILSON, 1946, p. 356).

“Noutro tempo, a vantagem do reformador era que o espírito do soberano tinha uma localização definida, que era contida na cabeça de um homem, e que conseqüentemente poderia ser alcançada; ainda que fosse uma desvantagem que tal espírito aprendesse somente com relutância ou em pequenas quantidades, ou que estivesse sob a influência de alguém que só o deixasse aprender as coisas erradas. Agora, ao contrário, o reformador fica atônito pelo fato de que o espírito do soberano não tem uma localização definida, mas é contido em uma maioria eleitoral de alguns milhões de cabeças; e embaraçado pelo fato de que o espírito desse soberano também está sob a influência de favoritos, que não são, entretanto, favoritos no bom e antigo sentido da palavra, porque não são pessoas, mas opiniões preconcebidas; isto é, preconceitos com os quais não se pode racionar porque não são filhos da razão. Em qualquer parte onde o respeito pela opinião pública é o primeiro princípio de Governo, as reformas práticas devem ser lentas e todas as reformas devem ser cheias de concessões” (WILSON, 1946, pp. 356-357).

Embora a política determine as tarefas para a administração, não se deve tolerar que ela maneje as suas repartições. Esta é uma distinção altamente autorizada e nela eminentes autores alemães insistem, como ponto pacífico. Bluntschili, por exemplo, nos leva a separar a Administração tanto da Política quanto do Direito. A Política, diz ele, é a atividade do Estadonas coisas grandes e universais” enquanto que “a Administração, por outro lado”, é “a atividade do Estado nas coisas pequenas e individualizadas. A Política é assim campo específico do estadista, a Administração, do funcionário técnico”. “A elaboração de diretrizes políticas não prescinde da ajuda da Administração”; mas nem por isso a Administração é Política (WILSON, 1946, p. 358).

A Administração Pública é a execução detalhada e sistemática do Direito Público. Toda a aplicação particular de lei geral é um ato de administração. O lançamento e a cobrança de impostos, por exemplo, o enforcamento de um criminoso, o transporte e a entrega de malas postais, o equipamento e o recrutamento do Exército e da Marinha, etc., são todos, evidentemente, atos de administração; mas as leis gerais que obrigam a fazer essas coisas estão, obviamente, fora e acima da Administração. Os largos planos de ação governamental não são administrativos; a sua execução detalhada é administrativa” (WILSON, 1946, p. 359).

O estudo da Administração, visto filosoficamente, é estreitamente relacionado com o estudo da distribuição adequada da autoridade constitucional. Para ser eficiente deve ele descobrir os meios mais simples pelos quais a responsabilidade possa ser inequivocamente atribuída aos funcionários; a melhor maneira de dividir a autoridade sem prejudicá-la, e a responsabilidade, sem obscurecê-la. E esta questão da distribuição de autoridade, quando levada à esfera das mais altas e originárias funções de Governo, é obviamente uma questão central de Direito Constitucional. Se o estudo administrativo puder descobrir os melhores princípios sobre os quais basear tal distribuição, terá ele prestado ao estudo constitucional um serviço incalculável. Montesquieu não disse, estou certo, a última palavra a este  respeito. Descobrir o melhor princípio para a distribuição de autoridade é de maior importância, talvez, sob um sistema democrático, onde os funcionários servem a muitos dirigentes, do que sob outros sistemas onde eles servem a poucos (WILSON, 1946, p. 360).

Será necessário organizar a democracia enviando aos concursos para o Serviço Público homens perfeitamente preparados a enfrentar exames sobre conhecimentos técnicos. Um funcionalismo público tecnicamente instruído, cedo tornar-se-á indispensável (WILSON, 1946, p. 362).

Burocracia só pode existir onde o serviço inteiro do Estado é afastado da vida política comum do povo, tanto os chefes quanto o pessoal subordinado. Seus motivos, propósitos, orientação, sua tábua de valores devem ser burocráticos (WILSON, 1946, p. 362).

Wilson analisa a importância da Administração entre a Política e o Direito, definindo claramente o papel diferencial de cada um.

Para Wilson, inclusive, a Administração tem a função de corrigir e aumentar a eficiência do Governo, bem como tornar mais transparente o Estado. Para tanto, implementou um corpo tecnoburocrático de funcionários públicos livre de ditames de políticos.     

Como se percebe, esses ensinamentos de Wilson são mais que oportunas neste Brasil de hoje sendo passado a limpo da corrupção (espero), como também muito carente de obras de infra-estrutura de logística como decorrente do próprio desvio de dinheiro público.

Quem sabe, se o Brasil desde o início de sua redemocratização a partir de 1985, tivesse conhecimento e aplicado estes ensinamentos de Wilson, não estaríamos ainda perdendo tempo e dinheiro em inúmeros julgamentos como o Mensalão. Nem tampouco necessitando (em regime de urgente urgentíssima) de mega-projetos como o Projeto “Desatar o Nó Brasil” da presidente Dilma Rousseff, para reformar e ampliar obras de Infra-estrutura de logística – conforme amplamente noticiado pela imprensa. Saiba em detalhes no <http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/dilma-da-uma-guinada-radical-em-relacao-a-orientacao-de-lula-e-quer-um-choque-de-capitalismo/>. Muito ao contrário, se o Brasil tivesse pelo menos desde 1985 trabalhado e vivido com Ciência da Administração, hoje seriamos uma potência econômica e militar desafiando os Estados Unidos – porque capacidade nós temos de sobra.

Com este meu post, proponho resgatar e colocar Thomas Woodrow Wilson ao lado de Frederick Winslow Taylor e Jules Henri Fayol, para completar os Três Alicerces da Ciência da Administração.

Também proponho ao Brasil adotar os ensinamentos de Wilson, separando a Administração Pública da Política.

Órgãos públicos, empresas públicas e sociedades de economia mista seriam altamente produtivas, uma vez livres de melindres e conluios políticos.

Funcionários públicos de base ao de alto escalão trabalhariam e viveriam sobejamente motivados, se não ficassem mais a mercê de ameaças de políticos e de sua politicagem, a cada eleição.

E como resultante de toda essa feliz sinergia, o povo contribuinte que sustenta a burocracia de funcionários públicos seria pela primeira vez, devidamente retribuído com créditos sobre impostos que duramente paga: seria atendido como rei (ou rainha) nos balcões de atendimento – com toda a infra-estrutura voltada para solução, e não para dificuldade com a finalidade de “vender” solução.     

É chegada a hora, Brasil! Eu ainda tenho esperança neste nosso Brasil da Era Internet, onde pela primeira vez a quantidade de alunos em Administração supera a de outras classes profissionais (Saiba Mais em <http://oglobo.globo.com/educacao/administracao-o-curso-mais-procurado-no-brasil-3216356#ixzz28EqB6Zi5>). Isto é, a tendência é cada vez mais o Brasil ser Administrado com Administração e com Mentalidade Administrativa – como vêm sendo paulatinamente administrados os Estados Unidos da América do Norte desde Wilson, há um século.  

Pra Frente, Brasil!

Referências Bibliográficas
O GLOBO. Administração é o curso mais procurado no Brasil. Disponível em <http://oglobo.globo.com/educacao/administracao-o-curso-mais-procurado-no-brasil-3216356>. Acesso em 11 nov 2011.
REICH, Robert B. A Próxima Fronteira Americana. Rio de Janeiro: Record, 1983.
WIKIPEDIA. Woodrow Wilson. Disponível em <http://en.wikipedia.org/wiki/Woodrow_Wilson>. Acesso em 02 out 2012.
WIKIPÉDIA. Thomas Woodrow Wilson. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Woodrow_Wilson>. Acesso em 02 out 2012.
WILSON, Woodrow Thomas. O Estudo da Administração. In: Revista do Serviço Público, Maio de 1946, Ano 9, v. 2, n. 2, pp. 349-366. RSP Revisitada: O Estudo da AdministraçãoWoodrow Wilson. Brasília: ENAP, 1946. Disponível em <http://pt.scribd.com/doc/51730737/8-Revisitada-Woodrow-Wilson>. Acesso em 2 out 2012.