TAYLOR TAMBÉM É O
CRIADOR DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS (SIG)
Copyright @ Koiti Egoshi, 24 de Maio de 2014
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Resumo
Este artigo analisa o livro “Princípios de Administração Científica” e defende a ideia de que Frederick Winslow Taylor também é o criador do Sistema de Informações Gerenciais (SIG).
Palavras-Chave: Analista de Negócios, Analista de Processos, Analista de Sistemas, Análise de Negócios, Análise de Processos, Análise de Sistemas, Bancos de Dados, CHA (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes), Ciência da Administração, Eficácia, Eficiência, Organização & Métodos, Sistema de Informações Gerenciais (SIG), Sistemas de Informação.
INTRODUÇÃO
Este artigo fundamenta-se na hodierna visão da Administração de
Negócios, segregada em Análise de Negócios, Análise de Processos e Análise de
Sistemas na Era Internet.
A partir da compreensão dessas subáreas, defende-se aqui a ideia de que Frederick Winslow Taylor também é o criador do Sistema de Informações Gerenciais (SIG).
Para tanto, analisa-se aqui em primeiro lugar, a Administração Científica de Taylor, no tópico “O Caminho do Sucesso com a Administração Científica de Taylor”.
Em seguida, descrevem-se as “Características de um Sistema de Informações Gerenciais (SIG)”,
como ferramenta de tomada de decisões estratégicas, táticas e operacionais.
E finalmente, defende-se a ideia de que “Taylor é também o Criador do
Sistema de Informações Gerenciais (SIG)”.
1. O CAMINHO DO
SUCESSO COM A ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
DE TAYLOR
Taylor até se notabilizar com “Princípios
de Administração Científica” foi multiespecialista e multiprofissional:
operário, maquinista, escriturário, contramestre, contador, técnico em
mecânica, engenheiro mecânico, inventor e consultor etc.
De modo geral todos no mundo dos negócios sabem que Frederick Winslow
Taylor (1856-1915) é o autor do livro “Princípios de Administração
Científica” que foi lançado nos Estados Unidos em 1911. E a grande maioria sabe
que, junto ao engenheiro de minas Jules Henri Fayol (1841-1925), é considerado
criador da Ciência da Administração,
Escola da Administração e Profissão de Administrador. Como tais
criadores, podemos entender que enquanto Fayol
enfocou estrutura (estrutura organizacional de trabalhadores –
principalmente o escritório e a
parte administrativa da empresa como um todo), Taylor enfocou processo (em seus mínimos detalhes operacionais na
forma de tarefas rotinizadas – na fábrica
e, separando o escritório da fábrica). Ou seja, um completou o outro, para uma
efetiva administração de empresas.
Enfrentando ferrenhos críticos ao seu trabalho, Taylor obstinadamente
apresentou um Caminho Ideal de Sucesso não
só às empresas, como também aos profissionais e aos indivíduos da sociedade. Apresentamos
uma síntese desse caminho ideal de sucesso, consubstanciado no livro “Princípios
de Administração Científica”:
MISSÃO
"Assegurar o máximo de prosperidade ao
patrão, e ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado"
(TAYLOR, 1985, p. 29), com o aumento da eficiência operacional, que em última
instância, não só favorecerá o empregado e o patrão, como também o consumidor
em geral – como bem escreveu Taylor “o povo recebe a maior parte dos
benefícios” (TAYLOR, 1985, p. 123). Com essa apregoação de Ideal Comum a Todos, Taylor mostrava-se também um profundo Analista de Negócios.
MÉTODO CIENTÍFICO
Trabalhar
com Método Científico, ao invés de Método Empírico, isto é, trabalhar com a Administração
Científica – analisando-se
sistematicamente processos e estruturas produtivas – como procedem hoje Analista de Negócios, Analista de Processos e Analista de Sistemas.
DIVISÃO DO TRABALHO
Aqui
Taylor aplica conhecimentos de um verdadeiro Analista de Sistemas, dividindo o todo em partes:
·
FAZER e PENSAR: trabalhador FAZ de acordo com
Tarefas Rotinizadas (Processos) previamente e o chefe PENSA/PLANEJA/DESCREVE
tais Tarefas Rotinizadas, além de trabalhar junto tanto quanto necessário e possível;
·
ESPECIALIZAÇÃO – cada macaco
no seu galho; Produção e Administração em Paralelo de todoas as atividades que
pdoem ser realizadas ao mesmo tempo em espaços segregados, aplicando a chamada ADMINISTRAÇÃO
FUNCIONAL ou CHEFIA NUMEROSA,
com a Substituição de Um Contra-Mestre
por Oito Supervisores Especialistas.
GERENCIAMENTO DE
PESSOAL
Como
um verdadeiro Analista de Processos
de hoje, Taylor desenha um eficiente mapa de processos e estruturas necessário
para o sucesso das empresas:
- Seleção Científica do Trabalhador – de
acordo com a Descrição de Cargo;
- Educação (Mudança de Mentalidade de
Indolência Natural para Indolência Sistemática), Ensino (Instrução por
Escrito de Rotinas de Trabalho), Treinamento (em Rotinas de Trabalho) e Adestramento (Repetição de Rotinas de Trabalho, para minimizar
erros);
- Compreensão da Lei da Fadiga e
Respeito ao Limite Físico do Trabalhador – para não
só aumentar a produtividade por empregado, como também para convencer o
empregador a reduzir a quantidade de horas trabalhadas por empregado;
- Horário de Trabalho Fixo de 8 Horas e 4 Intervalos de Descanso;
- Psicologia de Apoio,
incentivando a Cooperação e
mantendo a Moral da Equipe;
- Administração por Incentivos e
Iniciativas,
concedendo Prêmios e Benefícios por Produção.
MINIMIZAÇÃO E RACIONALIZAÇÃO DE TEMPOS E MOVIMENTOS
Demonstrando profundo conhecimento de Análise de Processos, Taylor propõe “eliminar
os movimentos falhos, lentos e inúteis” (TAYLOR, 1985, p. 108):
- Redução de Movimentos – menos
Tempo, menos Esforço e menos Fadiga.
- Redução de Tempos – mais
Produção e mais Períodos de Descanso.
- Redução de Espaços – quantidade,
peso e tamanho, a serem trabalhados.
PADRONIZAÇÃO DE MÉTODOS
E INSTRUMENTOS DE TRABALHO
Para
agilizar execução de tarefas com um mínimo de erros, Taylor realiza uma
verdadeira Análise de Processos e propõe Padrão
de Tudo, inclusive:
- Métodos de
Trabalho – Tarefas sob a forma de Rotinas por Escrito.
- Instrumentos
de Trabalho – identificação e alocação no tempo certo ou,
kit de trabalho.
Este Caminho Ideal de
Sucesso
pode ter outro nome: Caminho do Aumento da Produtividade – que é a
outra grande contribuição de Taylor à humanidade, conforme se descreve a
seguir:
PRODUTIVIDADE é (+) PRODUÇÃO em (–) TEMPO com (–) CUSTO e (+) QUALIDADE.
PRODUTIVIDADE =
Produzir (+) em (–) TEMPO com (–) CUSTO e (+) QUALIDADE.
TEMPO (duração), CUSTO ($$$) e QUALIDADE (propriedade, característica e atributo*)
são
FATORES DE PRODUÇÃO.
Produção é efeito / resultado (produto).
Produtividade é
a Capacidade de Gerar Produção utilizando Fatores
de Produção.
Então,
PRODUTIVIDADE = PRODUÇÃO
FATORES DE PRODUÇÃO
*Que constituem Especificações Funcionais e Especificações
Técnicas de Produtos Finais (Bens e /ou Serviços).
Em seguida, descrevem-se as características de um Sistema de Informações Gerenciais (SIG), com
o objetivo de defender o trabalho como um todo de Taylor, um verdadeiro desenvolvimento
de SIG.
2. CARACTERÍSTICAS DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS (SIG)
Desenvolvemos produtos, considerando-se primeiramente, as Especificações Funcionais para depois entrar em detalhes das Especificações Técnicas.
Especificações Funcionais estão diretamente associadas às necessidades e exigências do consumidor ou usuário – neste sentido, produtos têm que ser funcionais, práticos e fáceis de usufruir.
Especificações Técnicas são detalhes técnicos quanto às propriedades, características e atributos de qualidade de produtos – que em princípio, somente técnicos têm obrigação de entender em mínimos detalhes técnicos.
No caso deste artigo, só nos interessam as Especificações Funcionais – já que consideramos aqui Sistema de Informações Gerenciais minimalistamente como um produto simples, artesanal e manual, para Tomada de Decisões Estratégicas, Táticas e Operacionais.
E assim, podemos ignorar as Especificações Técnicas – de um sistema de informações gerenciais dos dias de hoje, em Rede Internet.
Então, são as seguintes as Especificações Funcionais de um Sistema de Informações Gerenciais:
1º. Dispor de uma tabela previamente programada no SIG, conforme exemplo a seguir:
Seq
|
Contas / Indicadores de Performance
|
Mês-1
|
Mês-2
|
Variação
%
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
//////
|
////////////////////////////////////////////////////////////
|
//////////////////
|
//////////////////
|
//////////////////
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
1
|
Total
de Contas Existentes no Período
|
//////////////////
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
2
|
Total
de Contas Novas no Período
|
//////////////////
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
3
|
Total
de Contas Encerradas no Período
|
//////////////////
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
4
|
Total
de Contas Ativadas no Período
|
//////////////////
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
5
|
Total
de Contas Inativas no Período
|
//////////////////
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
//////
|
////////////////////////////////////////////////////////////
|
//////////////////
|
//////////////////
|
//////////////////
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
6
|
Taxa de
Crescimento = [ (2 : 1) – 1 ] X 100
(Contas
Novas / Contas
Existentes)
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
7
|
Força
do Crescimento = [ (2 : 3) – 1 ] X 100
(Contas
Novas / Contas
Encerradas)
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
8
|
Força
da Ativação = [ (5 : 1) – 1 ] X 100
(Contas
Ativadas / Contas Inativas)
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
9
|
Taxa de
Atividade = [ (4 : 1) – 1 ] X 100
(Contas
Ativadas / Contas Existentes)
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
10
|
Taxa de
Inatividade = [ (5 : 1) – 1 ] X 100
(Contas
Inativas / Contas Existentes)
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
11
|
Taxa de
Falência = [ (3 : 1) – 1 ] X 100
(Contas
Encerradas / Contas Existentes)
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
2º. Possibilitar entrar com
informações sobre as contas 1 a 5 em dispositivos de Entrada – como por
exemplos nas atividades de uma empresa de cartões de crédito: Total de Contas
Existentes, Total de Contas Novas, Total de Contas Encerradas, Total de Contas
Ativadas, Total de Contas Inativas.
3º. Calcular Total de Ocorrências
(Transações Operacionais) e gravar Total de cada conta (1 a 5) nas colunas
Mês-1 e Mês-2.
4º. Calcular contas 6 a 11
(conforme respectivas equações) e gravar nas colunas “Mês-1” e “Mês-2”, bem
como na coluna “Variação %”.
5º. Disponibilizar ou imprimir um
relatório sintético (com nomes e números fictícios), conforme abaixo:
CARTCRED –
ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE CRÉDITO
RELATÓRIO
SINTÉTICO DE INDICADORES DE PERFORMANCE
Em seguida analisaremos o
trabalho de Taylor e concluiremos que, ele exatamente seguiu esse passo a
passo, na sequência que caracteriza Especificações Funcionais de um Sistema de
Informações Gerenciais.
3. TAYLOR É TAMBÉM O CRIADOR DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS (SIG)
Segue tabela, onde Taylor demonstra sistematicamente resultados de seu
trabalho na Bethlehem Steel Company, conforme replicamos abaixo:
Resultados Econômicos
do Sistema de Organização Científica
Fonte: Taylor (1985, p. 74)
É incrível, mas quase ninguém se ateve anos a fio, a essa tabela, a única ilustração do seu livro (afora três equações que ele demonstra na
página103), nem mesmo à explicação
detalhada de Taylor sobre esses números obtidos.
Talvez porque a grande maioria detesta métodos quantitativos e / ou considera pouco importantes tais informações.
Mas, são valiosíssimas as informações que Taylor nos apresenta. Porque essa tabela é uma coisa que nós chamamos
hoje de Relatório Sintético. E a
correspondente explicação detalhada, sobre a tabela, é o Relatório Analítico.
Relatório Sintético e Relatório Analítico sobre o quê?
Justamente sobre Produtividade – o trabalho central de Taylor. Sobre o Aumento de Produtividade de um “velho sistema” para “novo sistema”, como ele os denominou. Conforme ele faz explicação detalhada (“relatório analítico”) em seguida à tabela (“relatório sintético”): “Durante esse ano a economia, resultante da aplicação do novo sistema, ascendeu a $36.471,69 dólares e durante os seis meses seguintes, quando todo o serviço do pátio efetuou-se pelo sistema novo de trabalho por tarefa, a economia anual foi de $75.000 a $80.000 dólares” (TAYLOR, 1985, p. 74). É assim que fazemos ainda hoje com nosso relatório analítico sobre o relatório sintético, passo a passo, conforme demonstramos anteriormente. Da mesma forma fez Taylor, conforme acabamos de demonstrar: 1º. Previamente desenhou a tabela (sem os valores) e a chamou de “Resultados Econômicos do Sistema de Organização Científica”. 2º. Contou os valores correspondentes de cada conta: Trabalhadores, Toneladas, Remuneração e Custo de Carregamento. 3º. Calculou Total de Valores de cada uma dessas contas; contou quantidade total de dias trabalhados. 4º. Calculou as médias de contas. 5º. Escreveu os resultados dos cálculos das médias de contas sobre a tabela que antes desenhou e a chamou de “Resultados Econômicos do Sistema de Organização Científica” (relatório sintético). Em síntese: Todas essas Especificações Funcionais passo a passo caracterizam essa tabela e a explicação detalhada de Taylor, como um verdadeiro Sistema de Informações Gerenciais. Taylor selou de vez essa assertiva ao deixar registrado em seu livro pelo menos três enfoques comprobatórios: 1º. “No passado, o homem estava em primeiro lugar; no futuro, o sistema terá a primazia” (TAYLOR, 1985, p. 27); 2º. “E o autor acredita firmemente que a administração científica será adotada para obter, primeiramente a eficiência do patrão e do operário e depois uma razoável divisão dos lucros de seus esforços comuns, porque a administração científica visa servir às três partes aludidas, por meio de investigação científica e imparcial de todos os elementos do problema” (TAYLOR, 1985, p. 125). 3º. “A administração científica não encerra, necessariamente, invenção, nem descoberta de fatos novos ou surpreendentes. Consiste, entretanto, em certa combinação de elementos que não fora antes realizada, isto é, conhecimentos coletados, analisados, agrupados e classificados, para efeito de leis e normas que constituem uma ciência seguida de completa mudança na atitude mental dos trabalhadores e da direção, quer reciprocamente, quer nas respectivas atribuições e responsabilidades” (TAYLOR, 1985, p. 125). No primeiro enfoque, ele destaca a importância do “sistema” – que no caso é a Administração Científica como
um todo funcionando tudo por escrito (isto é, informação) – “muito há que fazer e
deve ser feito, por meio da palavra e publicações para instrução não só dos
trabalhadores como de todas as classes em geral” (TAYLOR, 1985, p. 42); “instruções
escritas completas” (TAYLOR, 1985, p. 51); “estudar, com o cronometro de parada
automática, o tempo exigido para cada um destes movimentos elementares e então
escolher os meios mais rápidos de realizar as fases do trabalho” (TAYLOR, 1985,
p. 108); “sistema mnemônico para classificar os produtos” (TAYLOR, 1985, p.
118).
No segundo enfoque, ele promove a “investigação científica e imparcial” – que denota a importância de se instituir padrões de desempenho (de cima para baixo), em primeiro lugar, para com base nesses padrões, administrar controles (de baixo para cima) objetivando corrigir e aprimorar tarefas com “cooperação íntima e cordial entre a direção e os trabalhadores” (TAYLOR, 1985, p. 119) – ou nas próprias palavras de Taylor, “esta cooperação estreita, íntima e pessoal, entre direção e o trabalhador, é parte essencial da administração científica ou administração das tarefas”(TAYLOR, 1985, p. 42). Definitivamente no terceiro enfoque, ele praticamente descreve as características de um Sistema de Informações Gerenciais: “certa combinação de elementos” de “conhecimentos coletados, analisados, agrupados e classificados”, para a tomada de decisões estratégicas, táticas e operacionais (“para efeito de leis e normas que constituem uma ciência seguida de completa mudança na atitude mental dos trabalhadores e da direção, quer reciprocamente, quer nas respectivas atribuições e responsabilidades”).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sim, Taylor também é o criador do SIG (Sistema de Informações Gerenciais) – da forma como conhecemos hoje, de uma forma bem rudimentar. Taylor foi o primeiro a desenvolvê-lo na forma de tabela e explicação detalhada.
Com esse simples sistema de informações gerenciais senão simplória
tabela que Taylor apresenta no seu livro, ele abriu caminho para os modernos e
avançados sistemas de informações gerenciais em redes de computadores da Era
Internet.
É claro, que ele o desenvolveu sem computador, que na sua época ainda não havia sido concebido. A humanidade levou mais uns 50 anos para aprimorar esse SIG rudimentar de Taylor e desenvolvê-lo em computadores – inserindo inclusive, a coluna de variação de um período para outro, conforme este autor que vos escreve, demonstra a seguir:
RELATÓRIO SINTÉTICO
DO TRABALHO DE TAYLOR
NA BETHLEHEM STEEL COMPANY
Permitida a Cópia desde que citada Esta Fonte
Fonte: Taylor (1985, p. 74), com inclusões de
linhas e colunas de Variação
Por este Relatório Sintético
inferimos a grandiosidade de Taylor ao explicar a relatividade de elementos
entre si, realizando análise horizontal
e análise vertical entre esses
elementos, conforme ele expõe em sua explicação
detalhada. Por conseguinte, ele justifica a importância de um SIG.
De fato, efetuando-se uma análise mais acurada, conclui-se que:
1º. A MÉDIA DE TONELADAS POR DIA PARA CADA HOMEM (2) é aquilo que denominamos hoje, de Produtividade do Trabalho (de Cooperação
entre patrões e empregados).
2º. A MÉDIA DE REMUNERAÇÃO POR DIA PARA CADA
HOMEM (3) é Produtividade da Renda (de empregados).
3º. A
diferença entre (2) e (3) é a Produtividade Líquida
da Empresa.
Com sua explicação detalhada Taylor justifica a necessidade de todos (patrões e empregados) obterem
o máximo de Produtividade Líquida da Empresa – afinal, “o principal objetivo da administração
deve ser o de assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o
máximo de prosperidade ao empregado” (TAYLOR, 1985, p. 29) “e depois, uma
razoável divisão dos lucros de seus esforços comuns porque a administração
científica visa servir às três partes aludidas, por meio de investigação
científica e imparcial de todos os elementos do problema” (TAYLOR, 1985, p.
125).
Oportunamente cabe aqui finalizar que, Taylor com
essa explicação detalhada
(que caracteriza bem um Relatório Sintético de um
SIG) justifica a importância da Administração Científica para o aumento de
produtividade para a sobrevivência e o progresso de patrões e empregados, bem
como da justa distribuição de lucros entre eles – em um mundo em que queiram ou
não os contras, é a lógica capitalista que move o mundo de longa data, e ainda
não inventaram outra melhor forma de fazer a humanidade mais feliz.
Para tamanho propósito, Taylor propõe “certa combinação de elementos”, “isto é, conhecimentos coletados,
analisados, agrupados e classificados, para efeito de leis e normas que
constituem uma ciência seguida de completa mudança na atitude mental dos
trabalhadores e da direção, quer reciprocamente, quer nas respectivas
atribuições e responsabilidades” (TAYLOR, 1985, p. 125). Nas palavras de hoje,
um SIG para a tomada de decisões estratégicas, táticas e operacionais,
objetivando aumento da produtividade que beneficiará não só uma empresa, como
também a sociedade como um todo – nas palavras de Taylor, “o público em geral
seria o mais beneficiado” (TAYLOR, 1985, p. 126).
Taylor em todo o seu livro enfatiza a importância estratégica, tática e
operacional para a Administração de Empresas – que hoje deve estar firmemente alicerçada
e suportada por eficientes sistemas de informações gerenciais em rede Internet.
Referências Bibliográficas
FAYOL,
Henri. Administração Industrial e Geral.
São Paulo: Atlas, 1981.
TAYLOR,
Frederick Winslow. Princípios de
Administração Científica. São
Paulo: Atlas, 1985.
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