2º. Possibilitar entrar com
informações sobre as contas 1 a 5 em dispositivos de Entrada – como por
exemplos nas atividades de uma empresa de cartões de crédito: Total de Contas
Existentes, Total de Contas Novas, Total de Contas Encerradas, Total de Contas
Ativadas, Total de Contas Inativas.
3º. Calcular Total de Ocorrências
(Transações Operacionais) e gravar Total de cada conta (1 a 5) nas colunas
Mês-1 e Mês-2.
4º. Calcular contas 6 a 11
(conforme respectivas equações) e gravar nas colunas “Mês-1” e “Mês-2”, bem
como na coluna “Variação %”.
5º. Disponibilizar ou imprimir um
relatório sintético (com nomes e números fictícios), conforme abaixo:
CARTCRED –
ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE CRÉDITO
RELATÓRIO
SINTÉTICO DE INDICADORES DE PERFORMANCE
Seq
|
Contas / Indicadores de Performance
|
Fevereiro
|
Março
|
Variação
%
|
|
//////
|
////////////////////////////////////////////////////////////
|
//////////////////
|
//////////////////
|
//////////////////
|
|
1
|
Total
de Contas Existentes no Período
|
12.450.372
|
13.983.458
|
//////////////////
|
|
2
|
Total
de Contas Novas no Período
|
1.869.050
|
2.145.585
|
//////////////////
|
|
3
|
Total
de Contas Encerradas no Período
|
489.378
|
600.499
|
//////////////////
|
|
4
|
Total
de Contas Ativadas no Período
|
7.719.231
|
5.483.251
|
//////////////////
|
|
5
|
Total
de Contas Inativas no Período
|
4.731.141
|
8.500.207
|
//////////////////
|
|
//////
|
////////////////////////////////////////////////////////////
|
//////////////////
|
//////////////////
|
//////////////////
|
|
6
|
Taxa de
Crescimento = [ (2 : 1) – 1 ] X 100
(Contas
Novas / Contas
Existentes)
|
15,01%
|
15,34%
|
+2,20%
|
|
7
|
Força
do Crescimento = [ (2 : 3) – 1 ] X 100
(Contas
Novas / Contas
Encerradas)
|
3,82X
|
3,57X
|
–6,54%
|
|
8
|
Força
da Ativação = [ (5 : 1) – 1 ] X 100
(Contas
Ativadas / Contas Inativas)
|
1,63X
|
0,65X
|
–60,12%
|
|
9
|
Taxa de
Atividade = [ (4 : 1) – 1 ] X 100
(Contas
Ativadas / Contas Existentes)
|
62,00%
|
39,21%
|
–36,76%
|
|
10
|
Taxa de
Inatividade = [ (5 : 1) – 1 ] X 100
(Contas
Inativas / Contas Existentes)
|
38,00%
|
60,79%
|
+60,00%
|
|
11
|
Taxa de
Falência = [ (3 : 1) – 1 ] X 100
(Contas
Encerradas / Contas Existentes)
|
3,93%
|
4,29%
|
+9,16%
|
|
|
|
Em seguida analisaremos o
trabalho de Taylor e concluiremos que, ele exatamente seguiu esse passo a
passo, na sequência que caracteriza Especificações Funcionais de um Sistema de
Informações Gerenciais.
3. TAYLOR É TAMBÉM O CRIADOR DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS (SIG)
Segue tabela, onde Taylor demonstra sistematicamente resultados de seu
trabalho na Bethlehem Steel Company, conforme replicamos abaixo:
|
VELHO SISTEMA
|
NOVO SISTEMA
|
NÚMERO DE TRABALHADORES
|
400
a 600
|
140
|
MÉDIA DE TONELADAS POR DIA PARA CADA HOMEM
|
16
|
59
|
MÉDIA
DE REMUNERAÇÃO POR DIA PARA E POR HOMEM
|
$ 1,15
|
$ 1,88
|
CUSTO MÉDIO DE CARREGAMENTO DE UMA TONELADA
|
$ 0,072
|
$ 0,033
|
Resultados Econômicos
do Sistema de Organização Científica
Fonte: Taylor (1985, p. 74)
É incrível, mas quase ninguém se ateve anos a fio, a essa tabela, a única ilustração do seu livro (afora três equações que ele demonstra na
página103), nem mesmo à explicação
detalhada de Taylor sobre esses números obtidos.
Talvez porque a grande
maioria detesta métodos quantitativos e / ou considera pouco importantes tais
informações.
Mas, são valiosíssimas as informações que Taylor nos apresenta. Porque essa tabela é uma coisa que nós chamamos
hoje de Relatório Sintético. E a
correspondente explicação detalhada, sobre a tabela, é o Relatório Analítico.
Relatório Sintético e Relatório Analítico sobre o quê?
Justamente sobre Produtividade –
o trabalho central de Taylor. Sobre
o Aumento de Produtividade de um
“velho sistema” para “novo sistema”, como ele os denominou.
Conforme ele faz explicação
detalhada (“relatório analítico”) em seguida à tabela (“relatório sintético”): “Durante esse ano a economia,
resultante da aplicação do novo sistema, ascendeu a $36.471,69 dólares e
durante os seis meses seguintes, quando todo o serviço do pátio efetuou-se pelo
sistema novo de trabalho por tarefa, a economia anual foi de $75.000 a $80.000
dólares” (TAYLOR, 1985, p. 74).
É assim que fazemos ainda hoje com nosso relatório analítico sobre o
relatório sintético, passo a passo, conforme demonstramos anteriormente. Da
mesma forma fez Taylor, conforme acabamos de demonstrar:
1º. Previamente desenhou a tabela
(sem os valores) e a chamou de “Resultados Econômicos do Sistema de
Organização Científica”.
2º. Contou os valores
correspondentes de cada conta: Trabalhadores, Toneladas, Remuneração e
Custo de Carregamento.
3º. Calculou Total de Valores de
cada uma dessas contas; contou quantidade total de dias trabalhados.
4º. Calculou as médias de contas.
5º. Escreveu os resultados dos
cálculos das médias de contas sobre a tabela que antes desenhou e a chamou de
“Resultados Econômicos do Sistema de
Organização Científica” (relatório sintético).
Em síntese:
Todas essas Especificações
Funcionais passo a passo caracterizam essa tabela e a explicação
detalhada de Taylor, como um verdadeiro Sistema de Informações Gerenciais.
Taylor selou de vez essa assertiva ao deixar registrado em seu livro pelo menos três enfoques comprobatórios:
1º. “No passado, o homem estava em primeiro lugar; no futuro, o sistema
terá a primazia” (TAYLOR, 1985, p. 27);
2º. “E o autor acredita firmemente que a administração científica será adotada
para obter, primeiramente a eficiência do patrão e do operário e depois uma
razoável divisão dos lucros de seus esforços comuns, porque a administração
científica visa servir às três partes aludidas, por meio de investigação
científica e imparcial de todos os elementos do problema” (TAYLOR, 1985, p.
125).
3º. “A administração científica não
encerra, necessariamente, invenção, nem descoberta de fatos novos ou
surpreendentes. Consiste, entretanto, em certa combinação de elementos que não
fora antes realizada, isto é, conhecimentos coletados, analisados, agrupados e
classificados, para efeito de leis e normas que constituem uma ciência seguida
de completa mudança na atitude mental dos trabalhadores e da direção, quer
reciprocamente, quer nas respectivas atribuições e responsabilidades” (TAYLOR,
1985, p. 125).
No primeiro enfoque, ele destaca a importância do “sistema” – que no caso é a Administração
Científica como
um todo funcionando tudo por escrito (isto é, informação) – “muito há que fazer e
deve ser feito, por meio da palavra e publicações para instrução não só dos
trabalhadores como de todas as classes em geral” (TAYLOR, 1985, p. 42); “instruções
escritas completas” (TAYLOR, 1985, p. 51); “estudar, com o cronometro de parada
automática, o tempo exigido para cada um destes movimentos elementares e então
escolher os meios mais rápidos de realizar as fases do trabalho” (TAYLOR, 1985,
p. 108); “sistema mnemônico para classificar os produtos” (TAYLOR, 1985, p.
118).
No segundo enfoque, ele promove a “investigação
científica e imparcial” – que denota a importância de se instituir padrões de desempenho (de cima para
baixo), em primeiro lugar, para com base nesses padrões, administrar controles (de baixo para cima) objetivando corrigir e aprimorar tarefas
com “cooperação íntima e cordial entre a direção e os trabalhadores” (TAYLOR,
1985, p. 119) – ou nas próprias palavras de Taylor, “esta cooperação estreita,
íntima e pessoal, entre direção e o
trabalhador, é parte essencial da administração científica ou administração das
tarefas”(TAYLOR, 1985, p. 42).
Definitivamente no terceiro enfoque, ele praticamente descreve as
características de um Sistema de Informações Gerenciais: “certa combinação de
elementos” de “conhecimentos coletados, analisados, agrupados e classificados”,
para a tomada de decisões estratégicas, táticas e operacionais (“para efeito de
leis e normas que constituem uma ciência seguida de completa mudança na atitude
mental dos trabalhadores e da direção, quer reciprocamente, quer nas respectivas
atribuições e responsabilidades”).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sim, Taylor também é o criador do SIG (Sistema de Informações
Gerenciais) – da forma como conhecemos hoje, de uma forma bem rudimentar.
Taylor foi o primeiro a desenvolvê-lo na forma de tabela e explicação
detalhada.
Com esse simples sistema de informações gerenciais senão simplória
tabela que Taylor apresenta no seu livro, ele abriu caminho para os modernos e
avançados sistemas de informações gerenciais em redes de computadores da Era
Internet.
É claro, que ele o desenvolveu sem computador, que na sua época ainda
não havia sido concebido. A humanidade
levou mais uns 50 anos para aprimorar esse SIG rudimentar de Taylor e
desenvolvê-lo em computadores – inserindo inclusive, a coluna de variação de um
período para outro, conforme este autor que vos escreve, demonstra a
seguir:
RELATÓRIO SINTÉTICO
DO TRABALHO DE TAYLOR
NA BETHLEHEM STEEL COMPANY
Copyright @ Koiti
Egoshi, 1º de Maio de 2001 – Todos os Direitos Reservados
Permitida a Cópia desde que citada Esta Fonte
Indicador
de Performance
|
Antes
|
Depois
|
Variação
Em
Vezes ou %
|
1. TRABALHADORES
|
400
a
600
|
140
|
0,35X ou –65%
a
0,23X ou –77%
|
2. MÉDIA DE TONELADAS POR DIA PARA CADA HOMEM
(Produtividade do
Trabalho)
|
16
|
59
|
3,6875X
ou
+268,75%
|
3. MÉDIA DE REMUNERAÇÃO POR DIA PARA CADA HOMEM
(Produtividade da
Renda)
|
1,15
|
1,88
|
1,6347X
ou
+63,47
|
4. CUSTO MÉDIO DE CARREGAMENTO DE UMA TONELADA
(US$)
|
0,072
|
0,033
|
0,4583
–54,16%
|
5. PRODUTIVIDADE LÍQUIDA DA EMPRESA (2 – 3)
|
|
|
2,0528
|
ECONOMIA DE CUSTO
NO PRIMEIRO ANO
(US$)
|
|
|
36,471.69
|
ECONOMIA DE CUSTO
NO SEGUNDO ANO
(US$)
|
|
|
80,000.00
|
Fonte: Taylor (1985, p. 74), com inclusões de
linhas e colunas de Variação
Por este Relatório Sintético
inferimos a grandiosidade de Taylor ao explicar a relatividade de elementos
entre si, realizando análise horizontal
e análise vertical entre esses
elementos, conforme ele expõe em sua explicação
detalhada. Por conseguinte, ele justifica a importância de um SIG.
De fato, efetuando-se uma análise mais acurada, conclui-se que:
1º. A MÉDIA DE TONELADAS POR DIA PARA CADA HOMEM (2) é aquilo que denominamos hoje, de Produtividade do Trabalho (de Cooperação
entre patrões e empregados).
2º. A MÉDIA DE REMUNERAÇÃO POR DIA PARA CADA
HOMEM (3) é Produtividade da Renda (de empregados).
3º. A
diferença entre (2) e (3) é a Produtividade Líquida
da Empresa.
Com sua explicação detalhada Taylor justifica a necessidade de todos (patrões e empregados) obterem
o máximo de Produtividade Líquida da Empresa – afinal, “o principal objetivo da administração
deve ser o de assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o
máximo de prosperidade ao empregado” (TAYLOR, 1985, p. 29) “e depois, uma
razoável divisão dos lucros de seus esforços comuns porque a administração
científica visa servir às três partes aludidas, por meio de investigação
científica e imparcial de todos os elementos do problema” (TAYLOR, 1985, p.
125).
Oportunamente cabe aqui finalizar que, Taylor com
essa explicação detalhada
(que caracteriza bem um Relatório Sintético de um
SIG) justifica a importância da Administração Científica para o aumento de
produtividade para a sobrevivência e o progresso de patrões e empregados, bem
como da justa distribuição de lucros entre eles – em um mundo em que queiram ou
não os contras, é a lógica capitalista que move o mundo de longa data, e ainda
não inventaram outra melhor forma de fazer a humanidade mais feliz.
Para tamanho propósito, Taylor propõe “certa combinação de elementos”, “isto é, conhecimentos coletados,
analisados, agrupados e classificados, para efeito de leis e normas que
constituem uma ciência seguida de completa mudança na atitude mental dos
trabalhadores e da direção, quer reciprocamente, quer nas respectivas
atribuições e responsabilidades” (TAYLOR, 1985, p. 125). Nas palavras de hoje,
um SIG para a tomada de decisões estratégicas, táticas e operacionais,
objetivando aumento da produtividade que beneficiará não só uma empresa, como
também a sociedade como um todo – nas palavras de Taylor, “o público em geral
seria o mais beneficiado” (TAYLOR, 1985, p. 126).
Taylor em todo o seu livro enfatiza a importância estratégica, tática e
operacional para a Administração de Empresas – que hoje deve estar firmemente alicerçada
e suportada por eficientes sistemas de informações gerenciais em rede Internet.
Referências Bibliográficas
FAYOL,
Henri. Administração Industrial e Geral.
São Paulo: Atlas, 1981.
TAYLOR,
Frederick Winslow. Princípios de
Administração Científica. São
Paulo: Atlas, 1985.
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