EMPRESA
ORIENTADA COM ÊNFASE EM PROCESSOS
Copyright @ Koiti Egoshi, 25 de Maio de 2014
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Uma
empresa orientada a processos difere daquela orientada a estruturas.
Uma
empresa orientada a estruturas é
aquela tradicional, hierarquizada e
autoritária, onde decisões e ações
dependem sobremaneira de descrição
de cargos e funções especializadas nas chamadas Estruturas Funcionais. A grande maioria das empresas ainda hoje
está dividida em estruturas funcionais, desde o advento da Revolução Industrial
com suas fábricas e escritórios.
Desde
o início da chamada Revolução Industrial nos Anos 1700, passaram-se uns 300
anos. E nesses 300 anos, muita coisa mudou. E muita coisa mudou porque
principalmente a tecnologia evoluiu
sobremaneira – acarretando
inclusive, a necessidade de mudar estruturas e processos (produtivos e organizacionais).
A
tecnologia evoluiu de tal forma que a humanidade desenvolveu tecnologias da informação e comunicação
(com as quais as redes de computadores em rede Internet são hoje formadas, que como
um todo, recebe o nome de Informática) que cada vez mais substituem as
tradicionais tecnologias analógicas. Essa
evolução tecnológica mudou radicalmente a forma de trabalhar e de viver –
de tal sorte que, cada vez mais tudo é
baseado na informação que é a matéria-prima do conhecimento. É uma “Nova
Realidade” (DRUCKER, 1997a) que Peter Drucker (1909-2005) (Wikipédia, 2014) chamou
de “Era do Conhecimento” (DRUCKER, 1997b).
Contudo,
a forma de estruturar atividades
empresariais não mudou tanto, nas empresas – que ainda adotam a velha forma
de estruturas funcionais por especialização como Financeira, Produção,
Logística, Marketing, Recursos Humanos, Informática etc. Isto é, o Sistema Organizacional como um todo
constituído de estruturas rígidas
consolidando processos organizacionais e processos gerenciais estáticos e não dinâmicos,
ainda continua muito presente em organizações em geral – acarretando inúmeros
“problemas de integração interprocessos” (PAVANI JÚNIOR e SCUCUGLIA, 2011, p.
130).
A
solução para esses problemas é a flexibilização dessas estruturas rígidas,
evoluindo-as para estruturas orientadas
por processo. Sem descartar de vez
as velhas estruturas funcionais – mantendo
alguns cargos de chefia em níveis estratégico e tático. E no nível operacional, trabalhar por processos
– de tal sorte que cada profissional
poderá ter mais de um chefe: um chefe
funcional e um ou mais chefes
processuais.
É
importante e interessante destacar aqui que, Frederick Winslow Taylor (1856-1915) chamou esses chefes processuais de
“chefes funcionais” que trabalham na fábrica (TAYLOR, 1985, p. 113). E os chefes funcionais da Era da Gestão por
Processos de hoje, podem corresponder àqueles
que Taylor designou, para ficarem no escritório na preparação do planejamento
de tarefas e de outras atividades administrativas tais como “prestação de
contas de responsabilidade como cumprimento de horário, horas extras,
justificativas de faltas e atrasos, e todas as outras atividades aderentes ao
que a legislação do trabalho nos impõe” (PAVANI JÚNIOR e SCUCUGLIA, 2011, p.
130).
Há
mais de 100 anos atrás, Taylor já tinha
essa visão de ênfase em processos produtivos na fábrica, com estruturas de
apoio administrativo no escritório. Hoje, com redes de computadores em rede
Internet não só apoiando como também dominando todos os níveis hierárquicos (estratégico,
tático e operacional), essa ênfase em
processos é possível mais que antes – para não só aumentar a produtividade da empresa e aprimorar
a qualidade de produtos, como também expandir a
competitividade no mercado, maximizando a satisfação de consumidores.
Referências
Bibliográficas
DRUCKER, Peter. Sociedade Pós Capitalista. São Paulo:
Thomson-Pioneira, 1997a.
DRUCKER, Peter. Sociedade Pós Capitalista. São Paulo: Pioneira,
1997b.
PAVANI
JÚNIOR, Orlando e SCUCUGLIA, Rafael.
Mapeamento e Gestão por Processos – BPM. São Paulo: M. Books, 2011
TAYLOR,
Frederick Winslow. Princípios de
Administração Científica. São Paulo: Atlas, 1985.
WIKIPÉDIA.
Peter Drucker. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_Drucker>.
Acesso em 26 mai 2014.
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