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O Maravilhoso, Fascinante e Fantástico Mundo do Egoshi

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sábado, 5 de novembro de 2011

ACONTECEU A PROFECIA DE MATRIX NO JAPÃO



Olhe bem para estas duas fotos de oito meses atrás. Que grandes lições técnicas você colhe?

 Multidão aguarda na fila dos orelhões, em Tóquio
Fonte: Estadao.com.br (2011)


Pessoas formam fila para usar telefone público em estação de trem
depois de serviços metroviários e elétricos serem suspensos
Fonte: Folha Online (2011)


Tive a idéia de escrever este post, logo que vi ontem estas duas imagens (bem irônicas por sinal) que me fizeram lembrar do filme Matrix que faz crítica ao digital / virtual: “Os rebeldes só conseguem fugir de Matrix, através de telefones analógicos. Isso quer dizer que telefones analógicos são mais naturais que os digitais (que são mais facilmente manipuláveis)” (EGOSHI, 2011).

Neo no telefone analógico
Fonte: G8ors (2011)

Pessoas tiveram que ficar na fila para falar nos orelhões porque celulares deixaram de funcionar. Celulares deixaram de funcionar porque sistemas de informação deixaram de funcionar. Sistemas de informação deixaram de funcionar porque a energia elétrica foi bloqueada, por questões de segurança e / ou porque sua infra-estrutura de distribuição foi avariada.

Daí, registro aqui, as grandes lições que devemos aprender de coisas ruins que acontecem por aí (como aconteceu ao Japão no dia 11 de março de 2011 - quando a província de Miyagi na costa leste, foi devastada por terremoto de magnitude 9.0, seguido de tsunami):

1ª. Não depender totalmente das tecnologias da informação e comunicação. Tenha sempre contingência com uma ou mais tecnologias alternativas. E não descarte a tecnologia artesanal. Muito menos o seu simples raciocínio lógico-analítico funcionando sem o auxílio de quaisquer tecnologias. Porque dependendo só de tecnologias da informação e comunicação, você poderá vir a ser vítima de fortes terremotos. Lembre-se que tecnologias da informação e comunicação podem engessar e tornar inflexível uma empresa – e assim, abrir fendas e rachá-la em pedaços. Daí, um simples abalo sísmico poderá tornar-se um forte terremoto em cadeia sob um efeito dominó.

2ª. Tomar cuidado com tecnologia que depende de outras tecnologias para funcionar. Tecnologias que fazem funcionar uma outra tecnologia poderão vir a ser ondas altas e baixas de marés que poderão se transformar em tsunamis altamente afogadores.

3ª. Considerar que, a tecnologia analógica poderá em última instância, ser a saída para a recuperação de dados para novamente reconstituir o mundo real e assim, mais uma vez, oferecer disponibilidade de serviços com tecnologias da informação e comunicação. É por isso que japoneses, sabiamente, ainda mantêm o telefone analógico ao lado do telefone digital.

4ª. Conscientizar-se de que muito embora a ciência e a tecnologia tenham por demais progredido, jamais sobrepujarão a natureza. A natureza que é analógica é e sempre será, a mais forte.

5º. Jamais esquecer que, “quod me nutrit, me destruit (o que me nutre, me destrói)” (EGOSHI, 2011).

Assim falou Nietzsche (1844-1900)!





Referências Bibliográficas

EGOSHI, Koíti. Minhas Reflexões sobre Matrix. Disponível em . Acesso em 12 mar 2011.

ESTADAO.COM.BR. Multidão aguarda na fila dos orelhões, em Tóquio. Disponível em http://blogs.estadao.com.br/olhar-sobre-o-mundo/terremoto-no-japao/. Acesso em 11 mar 2011.

FOLHA ONLINE. Pessoas formam fila para usar telefone público em estação de trem depois de serviços metroviários e elétricos serem suspensos. Disponível em http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/2364-terremoto-atinge-o-japao#foto-46617. Acesso em 11 mar 2011.

G8ORS. Neo no telefone analógico. http://g8ors.blogspot.com/2009/11/ayaphone-home_03.html. Acesso em 16 mar 2011

WACHOWSKI, Andy & WACHOWSKI, Larry. The Matrix. Los Angeles: Warner Bros, 1999. Filme.





 

quarta-feira, 2 de março de 2011

SER CHEFE É O MESMO QUE SER LÍDER?
Copyright @ KoitiEgoshi, 2004
Copyright @ KoitiEgoshi, 2007 – Versão 2.0
Copyright @ Koíti Egoshi, 2 de março de 2011 – Versão 3.0 
Todos os Direitos Reservados
permitido o Uso desde que citada esta Fonte 



 Ser Chefe
Fonte: Mary J. Barnett (2011)  


 
Ser Líder
Fonte: Felício (2011)


Não, não é.

Deixe-me explicar, sistematicamente.     

Leigos em Administração tratam chefia e liderança como sinônimos entre si. Não, não são sinônimos entre si – são duas coisas distintas, e muito diferentes entre si. Pelo menos no que tange às propriedades, às características e aos atributos profissionais no mundo dos negócios.

Mesmo alguns autores de Administração confundem o significado de uma coisa e outra. Até publicações do mundo dos negócios (e pasmem, dicionários!), chamam de líder àquele que está no topo e na dianteira no mercado competitivo.

Aqui, faremos uma distinção técnica que é necessária, entre ser chefe e ser líder.

Como bem fundamentou Fayol no seu Segundo Princípio Geral de Administração, chefe ou “autoridade consiste no direito de mandar e no poder de se fazer obedecer” (FAYOL, 1981, p. 45-46). Em outras palavras, chefe ou autoridade é formal e burocrata – contratado pela empresa para “mandar e no poder de se fazer obedecer” (FAYOL, 1981, p. 45-46) – sob delegação do seu superior, que contrata o chefe de acordo com perfil exigido e estabelecido na Descrição de Cargo e Funções, para exercer um poder formal e objetivo em nome da empresa. 

Enquanto chefe é formal, líder é informal, com poder subjetivo de carisma, de um indivíduo sobre outros. Carisma é magnetismo pessoal – próprio de um indivíduo que feito ímã, atrai outros que se sentem bem e seguros, com a sua presença e o seu apoio. Na realidade, você e outros apóiam e carregam o líder na direção que ele indicar. Calma, se você não nasceu com carisma, pode criar um jeitão seu de ser carismático. Aguarde mais um pouquinho que estou escrevinhando um livro tratando disso também, dentre outros assuntos deveras interessantes para você que quer ter sucesso e ser feliz.

Portanto, chefe e líder se complementam. Você como autoridade da empresa, tem obrigação de atuar como chefe – você foi contratado, e é pago para comandar subordinados (de cima para baixo / top down) e responder aos seus superiores (de baixo para cima / bottom up), sobre as atividades empresariais.  E aí, no seu exercício de chefe, é desejável que você atue com uma certa liderança. Certa liderança, que contribua para a conquista dos objetivos empresariais – e não aquela liderança, que seja prejudicial para a empresa.

Concluindo: é obrigatório que você sempre exerça a chefia, e desejável que atue com liderança pró-ativa para a empresa. Em outras palavras, empresa espera que você seja um camaleão. E se tiver que escolher entre exercer chefia ou liderança, escolha a chefia

Camaleão
Fonte: Mazungue (2011)

Agora sim, você começa a entender, porque aqueles indivíduos que são tão somente burocratas e yesmen fazem sucesso nas empresas em geral.

Vá em frente, com seu jeitão de ser camaleão!

Boa Sorte, camaleão!
Referências Bibliográficas

FAYOL, Henri. Administração Industrial e Geral. São Paulo: Atlas, 1981.
FELÍCIO, Willian Lira. Estória das Histórias. Disponível em http://ew-willianlira.blogspot.com/2011/01/para-ser-lider-e-preciso-estar.html. Acesso em 2 mar 2011.
MARY J. BARNETT MEMORIAL LIBRARY. Library Board Meeting. Disponível em www.guthriecenter.lib.ia.us/archive/2008/10/boardmeeting. Acesso em 2 mar 2011. 
MAZUNGUE. Fauna Africana. Disponível em http://www.mazungue.com/angola/index.php?page=Thread&postID=69624. Acesso em 2 mar 2011.


  

domingo, 27 de fevereiro de 2011

DOR DE BARRIGA FAZ IMPLODIR MUNDO ÁRABE

Copyright @ Koíti Egoshi, 27 de fevereiro de 2011
Todos os Direitos Reservados
Permitido o uso desde que citada a fonte

No Iêmen povo furioso exige a saída do presidente Abdullah Saleh
Fonte: Sequeira e Villaméa (2011, p. 80)

Como bem analisam Sequeira e Villaméa, “o mais notável nas revoluções árabes é que elas são movimentos genuinamente populares” (2011, p. 85); “mais do que a língua, a religião ou o fato de estarem flutuando sobre as maiores reservas de petróleo do mundo, o que vem unindo os povos árabes neste início de 2011 é a busca por melhores condições de vida” (2011, p. 83) e “uma coisa é certa: os árabes estão se acostumando com algo novo, e ainda terão que aprender a conviver com novas liberdades e lutar contra o veneno das religiões” (2011, p.86).

Sim, é pura verdade. Mas antes de partir em “busca por melhores condições de vida”, há uma verdade anterior que move revoluções: a fome.

Barriga subnutrida pode até agüentar roncar por anos e décadas, mas quando começa a doer, povo vira bicho-papão. Porque estômago vazio começa a comer a si próprio.

É o que está acontecendo no mundo árabe. E o mesmo aconteceu há uns vinte anos atrás, com os alemães do Leste.

Dezesseis anos após a derrota do Roberto (acrônimo de Roma, Berlim e Tóquio, respectivamente capitais da Itália, Alemanha e Japão) para a Eusa (acrônimo de Estados Unidos, União Soviética e Aliados), foi construído em “13 de Agosto de 1961” (Wikipédia, 2011) o Muro de Berlim que dividiu essa cidade e o país alemão em duas partes: a Republica Federal da Alemanha (pró-Estados Unidos) e a República Democrática Alemã (pró-União Soviética).

Em “9 de novembro de 1989” (Wikipédia, 2011), após 28 anos de profundas crises econômicas e distúrbios civis, o governo da República Democrática Alemã jogou a toalha: permitiu que seus cidadãos orientais visitassem seus irmãos ocidentais e assim, começaram a derrubar o Muro de Berlim.

Mas, o que realmente derrubou o muro sem dúvida, foi o enorme contraste econômico-social entre o leste (paupérrimo) e o oeste (rico), decorridos 70 anos após a queda dos czares da Rússia e tomada de poder pelos socialistas de Vladimir Lênin em 1919.

Quando bisbilhotavam o outro lado do muro, orientais viam seus irmãos ocidentais passeando felizes da vida, de Audis, BMWs, Mercedes e Ferraris. Enquanto que eles, famintos, maltrapilhos e mal pagos, estavam nas filas de espera, para pegar a ração do dia para sobreviverem.

Assim, bastaram mais dois anos depois, em 1991, para que toda a União Soviética implodisse. Porque era demais para agüentar tamanha diferença de qualidade de vida, entre aquela imposta pela ideologia comunista, e outra cada vez mais aprazível, proporcionada pela prática capitalista!

É essa brutal diferença de qualidade de vida que cidadãos árabes estão sentindo na pele hoje. Tudo parece indicar que, como alemães orientais (vítimas da ideologia comunista), cidadãos árabes estão começando a acordar de um sono profundo provocado pelo dogmatismo religioso do qual se valeram os tiranos para dominá-los e explorá-los, por décadas a séculos.

E tanto quanto os alemães orientais, os árabes começaram a bisbilhotar o outro lado do muro – desta vez, do muro virtual. Navegando pela Internet, perceberam que, cidadãos dos Estados Unidos e outras nações em franco progresso, usufruem excelente bem-estar geral, enquanto nos seus respectivos países, somente seus espertos e arrogantes governantes gozam excelente qualidade de vida.

Daí, essa onda libertária – que não só está ganhando vulto entre árabes, mas também está se alastrando para o resto do mundo onde cidadãos ainda não têm um mínimo de qualidade de vida mais digna.

Acordem, irmãos oprimidos de todos os cantos do mundo! Vocês é que se deixaram escravizar!

Libertem-se de sua servidão voluntária e tomem cuidado para não caírem nas mãos de outros tiranos oportunistas!

Atentem para esta sábia frase que La Boétie (1530-1563) nos legou: “É o próprio povo que se escraviza e se suicida quando, podendo escolher entre ser submisso ou ser livre, renuncia à liberdade e aceita o jugo” (LA BOÉTIE, 2009, p. 34).



Referências Bibliográficas

LA BOÉTIE, Etienne de. Discurso da Servidão Voluntária. São Paulo: Martin Claret, 2009.

SEQUEIRA, Cláudio Dantas e VILLAMÉA, Luiza. A Epidemia da Liberdade. Revista IstoÉ, 2 mar 2011, ano 35, nº 2155, pp 80-88. São Paulo: Três, 2011. Também disponível em http://www.istoe.com.br/reportagens/126147_A+EPIDEMIA+DA+LIBERDADE+PARTE+1> e <http://www.istoe.com.br/reportagens/126165_A+EPIDEMIA+DA+LIBERDADE+PARTE+2>. Acesso em 27 fev 2011.

WIKIPÉDIA. Muro de Berlim. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Muro_de_Berlim. Acesso em 27 fev 2011.