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domingo, 27 de fevereiro de 2011

DOR DE BARRIGA FAZ IMPLODIR MUNDO ÁRABE

Copyright @ Koíti Egoshi, 27 de fevereiro de 2011
Todos os Direitos Reservados
Permitido o uso desde que citada a fonte

No Iêmen povo furioso exige a saída do presidente Abdullah Saleh
Fonte: Sequeira e Villaméa (2011, p. 80)

Como bem analisam Sequeira e Villaméa, “o mais notável nas revoluções árabes é que elas são movimentos genuinamente populares” (2011, p. 85); “mais do que a língua, a religião ou o fato de estarem flutuando sobre as maiores reservas de petróleo do mundo, o que vem unindo os povos árabes neste início de 2011 é a busca por melhores condições de vida” (2011, p. 83) e “uma coisa é certa: os árabes estão se acostumando com algo novo, e ainda terão que aprender a conviver com novas liberdades e lutar contra o veneno das religiões” (2011, p.86).

Sim, é pura verdade. Mas antes de partir em “busca por melhores condições de vida”, há uma verdade anterior que move revoluções: a fome.

Barriga subnutrida pode até agüentar roncar por anos e décadas, mas quando começa a doer, povo vira bicho-papão. Porque estômago vazio começa a comer a si próprio.

É o que está acontecendo no mundo árabe. E o mesmo aconteceu há uns vinte anos atrás, com os alemães do Leste.

Dezesseis anos após a derrota do Roberto (acrônimo de Roma, Berlim e Tóquio, respectivamente capitais da Itália, Alemanha e Japão) para a Eusa (acrônimo de Estados Unidos, União Soviética e Aliados), foi construído em “13 de Agosto de 1961” (Wikipédia, 2011) o Muro de Berlim que dividiu essa cidade e o país alemão em duas partes: a Republica Federal da Alemanha (pró-Estados Unidos) e a República Democrática Alemã (pró-União Soviética).

Em “9 de novembro de 1989” (Wikipédia, 2011), após 28 anos de profundas crises econômicas e distúrbios civis, o governo da República Democrática Alemã jogou a toalha: permitiu que seus cidadãos orientais visitassem seus irmãos ocidentais e assim, começaram a derrubar o Muro de Berlim.

Mas, o que realmente derrubou o muro sem dúvida, foi o enorme contraste econômico-social entre o leste (paupérrimo) e o oeste (rico), decorridos 70 anos após a queda dos czares da Rússia e tomada de poder pelos socialistas de Vladimir Lênin em 1919.

Quando bisbilhotavam o outro lado do muro, orientais viam seus irmãos ocidentais passeando felizes da vida, de Audis, BMWs, Mercedes e Ferraris. Enquanto que eles, famintos, maltrapilhos e mal pagos, estavam nas filas de espera, para pegar a ração do dia para sobreviverem.

Assim, bastaram mais dois anos depois, em 1991, para que toda a União Soviética implodisse. Porque era demais para agüentar tamanha diferença de qualidade de vida, entre aquela imposta pela ideologia comunista, e outra cada vez mais aprazível, proporcionada pela prática capitalista!

É essa brutal diferença de qualidade de vida que cidadãos árabes estão sentindo na pele hoje. Tudo parece indicar que, como alemães orientais (vítimas da ideologia comunista), cidadãos árabes estão começando a acordar de um sono profundo provocado pelo dogmatismo religioso do qual se valeram os tiranos para dominá-los e explorá-los, por décadas a séculos.

E tanto quanto os alemães orientais, os árabes começaram a bisbilhotar o outro lado do muro – desta vez, do muro virtual. Navegando pela Internet, perceberam que, cidadãos dos Estados Unidos e outras nações em franco progresso, usufruem excelente bem-estar geral, enquanto nos seus respectivos países, somente seus espertos e arrogantes governantes gozam excelente qualidade de vida.

Daí, essa onda libertária – que não só está ganhando vulto entre árabes, mas também está se alastrando para o resto do mundo onde cidadãos ainda não têm um mínimo de qualidade de vida mais digna.

Acordem, irmãos oprimidos de todos os cantos do mundo! Vocês é que se deixaram escravizar!

Libertem-se de sua servidão voluntária e tomem cuidado para não caírem nas mãos de outros tiranos oportunistas!

Atentem para esta sábia frase que La Boétie (1530-1563) nos legou: “É o próprio povo que se escraviza e se suicida quando, podendo escolher entre ser submisso ou ser livre, renuncia à liberdade e aceita o jugo” (LA BOÉTIE, 2009, p. 34).



Referências Bibliográficas

LA BOÉTIE, Etienne de. Discurso da Servidão Voluntária. São Paulo: Martin Claret, 2009.

SEQUEIRA, Cláudio Dantas e VILLAMÉA, Luiza. A Epidemia da Liberdade. Revista IstoÉ, 2 mar 2011, ano 35, nº 2155, pp 80-88. São Paulo: Três, 2011. Também disponível em http://www.istoe.com.br/reportagens/126147_A+EPIDEMIA+DA+LIBERDADE+PARTE+1> e <http://www.istoe.com.br/reportagens/126165_A+EPIDEMIA+DA+LIBERDADE+PARTE+2>. Acesso em 27 fev 2011.

WIKIPÉDIA. Muro de Berlim. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Muro_de_Berlim. Acesso em 27 fev 2011.







quinta-feira, 25 de novembro de 2010

terça-feira, 23 de novembro de 2010

QUAL É O SEGREDO DO SUCESSO?

SEIKOU = SUCESSO
Copyright @ Koiti Egoshi, 23 de novembro de 2010
Todos os Direitos Reservados


Qual é realmente o segredo do SUCESSO neste nosso mundo dos negócios?

Por que em geral norte-americanos sempre aparecem em destaque em todas as atividades humanas perante a humanidade, e nós brasileiros quase nada?

Nós brasileiros, não somos criativos? Não! Somos dos mais criativos do planeta, com o nosso jeitinho brasileiro, tanto para o mal quanto para o bem.

Brasileiros não atraem investidores? Não! Há muito tempo temos empresas estrangeiras instaladas no Brasil.

Não sabemos administrar? Não! Temos excelentes administradores administrando negócios e empresas cá e acolá. Temos até a Melhor Escola de Administração do Mundo: a Escola de Samba.

Somos ruins em promover nossos produtos? Não! Sabemos melhor que ninguém fazer gracinhas, agradar e persuadir todo mundo a comprar nossos produtos. Prova maior disso, é o estrondoso sucesso do nosso Carnaval de alegres passistas e mulatas gostosonas e belíssimas.

Então, por que não decolamos como os norte-americanos decolam?

Muito simples! Não somos unidos para ganhar dinheiro, eles são. Não somos unidos para coisas mais sérias, eles são. Somos unidos mais na alegria que na tristeza - eles, ao contrário.

Para que coisas sérias tenham sucesso, é necessária a união de quatro tipos de pessoas por um objetivo e uma missão em comum. Quatro tipos de pessoas que se complementem uns aos outros, cada qual cumprindo o seu preponderante e indispensável papel: PORRA LOKA, INVESTIDOR, ADMINISTRADOR e MARKETÓLOGO.

De Porra Loka criativo, é o que mais tem o brasileiro. Mas de nada adiantará só o Porra Loka.

Porra Loka tem que atrair um Investidor cheio de dinheiro que acredite nele, e ache que irá ganhar muito dinheiro com a sua criação. Só com eles, ainda não adiantará muita coisa.

Investidor só soltará seu rico dinheiro do seu bolso para um Administrador certinho e honesto, que saiba como ninguém, organizar toda uma estrutura para negócios e, sobretudo, saiba gerar mais dinheiro com dinheiro (otimizar ROI - Return over Investments). Que saiba também conter custos, evitar desvios e malversações do dinheiro do Investidor.

Por fim, alguém muito especial terá de promover e vender por aí, o produto de interesse comum do Porra Loka, Investidor e Administrador.

Esse alguém muito especial é o Marketólogo / Vendedor que consiga promover e vender o produto, por pior que seja. Mesmo contando um monte de mentirinhas por aí, com a maior cara de pau, e fazendo o maior fuzuê (Buzz Marketing) por intermédio de veículos de comunicação (mídia) e tecnologias da informação e comunicação (tic).

Este é o segredo do sucesso dos norte-americanos: união. União e complementação entre Porra Loka, Investidor, Administrador e Marketólogo / Vendedor.

Como diz o velho ditado, a união faz a força. E eu digo: a união poderá fazer o sucesso.

Sim, a união poderá fazer o sucesso como também poderá não fazê-lo, por diversos motivos - cognoscíveis e incognoscíveis.

Este é o significado do ideograma japonês SEIKOU, formado pelas letras SEI e KOU. SEI significa realizar e KOU, obra.

domingo, 12 de setembro de 2010

TRES METAS FACTÍVEIS
DE
SUSTENTABILIDADE

Acesse pelo link abaixo e compre por apenas R$ 28,00
http://www.agbook.com.br/book/29071--TRES_METAS_FACTIVEIS_DE_SUSTENTABILIDADE_
Palavras-chave: Administração do Bem-Estar Social, Ético e Ecológico; Administração da Infra-Estrutura; Análise de Riscos Sustentáveis; As Quatro Funções Básicas e Fundamentais do Estado; Auto-Conhecimento e Auto-Direção; Bem-Estar Geral e Paz Universal; Controle de Natalidade; Desenvolvimento Sustentável; Ecosfera; Ecological Footprint; Educação e Ensino; Metas Sustentáveis; Papel da Comunidade; Papel do Estado; Papel do Individuo; Papel da Sociedade; Pegada Ecológica; Qualidade de Vida; Realizações Sustentáveis; Redes Sociais Sustentáveis; Selva do Mato e Selva de Pedra; Superpopulação Humana; Sustentabilidade; Urbanização.

Em 27 de agosto de 2010 Koiti Egoshi marcou mais uma grande vitória, publicando mais um livro seu. Desta vez, Três Metas Factíveis de Sustentabilidade. Neste livro Egoshi propõe Três Metas Factíveis de Sustentabilidade desde já! Porque senão, seremos esmagados pela Pegada Ecológica da crescente superpopulação sufocante do planeta Terra!

Primeira Meta Factível: MULHER GERAR NO MÁXIMO UM FILHO! Acredite se quiser, assim a população decrescerá!

Segunda Meta Factível: PERMITIR NO MÁXIMO 10% DE URBANIZAÇÃO! Sim, ainda temos uma margem de segurança para aumentar cidades de seus atuais 3% de ocupação de terras para 10%!
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Terceira Meta Factível: PERMITIR NO MÁXIMO 20% DE AGROPECUÁRIA! Também temos um certo conforto de poder expandir os atuais 12% de terras ocupadas por agropecuária, para 20%!

Como se percebe, a Sustentabilidade é bem factível sem muito sacrifício - desde que desde já, cada um faça a sua parte de forma consciente, efetivamente administrando as Três Metas Factíveis de Sustentabilidade!
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O mestre de design Márcio Dupont chama essa sustentabilidade de Sustentabilidade Realista. Confira em: http://marciodupont.blogspot.com/.
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Aproveitando o ensejo, dentre outros posts muito interessantes, Márcio Dupont nos apresenta um excelente post sobre Design Humanitário - de forte conotação sustentável e procura ser ecologicamente correto. Confira em http://www.bdxpert.com/2010/08/30/uma-reflexao-sobre-o-design-humanitario-e-o-imperialismo/.

domingo, 5 de setembro de 2010

STAY HUNGRY! STAY FOOLISH!

O que realmente Steve Jobs quis dizer é:

TENHA FOME EM EMPREENDER! SEJA UM PORRA LOKA!

UM PORRA LOKA

HMBT_ORG – http://www.hmbt.org/tag/nerd-day/


É isso que realmente Steve Jobs quis dizer com Stay Hungry! Stay Foolish!


Tenha Fome em Empreender!

Tenha fome em criar!

Tenha fome em fazer acontecer!

Tenha fome em botar a mão na massa para obter resultados sensacionais!

Tenha fome por CHA – Conhecimentos, Habilidades e Atitudes arrebatadoras!


Seja um Porra Loka!

Seja uma criança! Dê vez para seu coração se manifestar!

Deixe de ser um (a) Maria vai com as outras!

Seja diferente dos (as) outros (as) e desenvolva seu Diferencial Competitivo!

Aprenda a levar e assimilar porrada na vida!

Levante-se e vá à luta!

Seja um Líder! Desenvolva seu Jeitão de Ser Triunfante!












terça-feira, 24 de agosto de 2010

Steve Jobs (1955)




STEVE JOBS, UM FERNÃO CAPELO GAIVOTA


Steve Jobs é um exemplo típico de Fernão Capelo Gaivota: rejeitado pela própria mãe, foi adotado por aqueles que ele os chama hoje de pais; foi abatido e caiu do alto do pedestal de sua própria empresa, teve inúmeros dissabores que lhe custaram um câncer no pâncreas e mesmo assim, deu a volta por cima!

É de fato, um senhor Fernão Capelo Gaivota! Senão, o próprio! Pois então, confira, lendo a íntegra do discurso de Steve Jobs em Stanford para graduandos de Administração da Universidade Stanford em 2005 (e em seguida, assista ao vídeo correspondente):

Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.



A primeira história é sobre ligar os pontos


Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais dezoito meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei?


Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina. Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: “Apareceu um garoto. Vocês o querem?” Eles disseram: “É claro.” Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade.


E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de 6 meses, eu não podia ver valor naquilo. Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria OK. Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes.


Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo. Muito do que descobri naquele época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço.


Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.


Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse. Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para a frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.


De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.



Minha segunda história é sobre amor e perda


Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação – o Macintosh – e eu tinha 30 anos. E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses. Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale [do Silício]. Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo.


Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa. Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple. E Lorene e eu temos uma família maravilhosa.


Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple. Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama. Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz. Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.



Minha terceira história é sobre morte


Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: “Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último”. Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: “Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?” E se a resposta é “não” por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.


Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo - expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar – caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.


Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas. Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de 3 a 6 semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas – que é o código dos médicos para “preparar para morrer”. Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus. Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem. Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá. Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.


O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém. Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas. Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior. E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário. Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid. Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes do Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de The Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês. Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras: “Continue com fome, continue bobo”. Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.


Obrigado.



Stay hungry! Stay foolish! Forever!





quarta-feira, 11 de agosto de 2010

SEJA SEMPRE UM FERNÃO CAPELO GAIVOTA
– Mensagem do Egoshi para você que quer ter sucesso e ser feliz –
(Baseado na A História de Fernão Capelo Gaivota de Richard Bach)

A maior parte das gaivotas não se preocupava em aprender mais do que os simples fatos do vôo – como ir da costa à comida e voltar. Para a maioria, o importante não é voar, mas comer. Para Fernão Capelo Gaivota, contudo, o importante não era só comer, mas sobretudo voar. Antes de tudo o mais, Fernão Capelo Gaivota adorava voar. Voar cada vez mais alto.

Até os próprios pais se sentiam desanimados ao vê-lo passar dias inteiros fazendo centenas de vôos rasantes, sozinho.

– Por que é que lhe custa tanto ser como o resto do bando? – lamentava-se a ele, sua mãe.

– Não esqueça que a razão por que você voa é comer – tentava conformá-lo, seu pai.

Fernão baixou a cabeça, obediente. E nos dias seguintes, tentou se comportar como outras gaivotas. Mas não conseguiu.

– Não faz sentido, pensava ele, largando deliberadamente uma anchova suculenta que lhe custara bastante a ganhar, aos pés de uma velha gaivota esfomeada, que o acossava. Não faz sentido... eu podia ganhar todo este tempo aprendendo a voar. Há tanto que aprender!

Não tardou muito que Fernão Capelo Gaivota voltasse a pairar no céu, sozinho, longínquo, esfomeado, feliz, aprendendo. O tema era velocidade. Ao cabo de uma semana de prática, conseguira aprender mais sobre velocidade do que a gaivota viva mais rápida.

A trezentos metros de altura, batendo as asas com toda a força do que era capaz, lançou-se numa vertiginosa picada direta às ondas e aprendeu por que razão gaivotas não fazem vertiginosos mergulhos picados. Em escassos seis segundos passou a mover-se a cento e vinte quilômetros por hora, velocidade que desequilibra as asas no arranque para a subida. Dez vezes tentou e dez vezes alcançou os cento e vinte quilômetros por hora, acabando sempre numa agitada massa de penas descontroladas que ia esmagar-se na água.... todo vergonhosamente desajeitado.....

Tentou outra vez a seiscentos metros, lançando-se no mergulho com o bico espetado, as asas bem abertas e firmes, a partir do momento em que ultrapassou os cento e vinte quilômetros por hora. Necessitou de uma tremenda força, e obteve resultado. Em dez segundos transformou-se numa mancha no céu, a cento e vinte quilômetros por hora. Fernão Capelo Gaivota acabava de estabelecer um recorde mundial de velocidade para gaivotas! Mas a vitória durou pouco. Fernão Capelo Gaivota explodiu à meia altura, e esmagou-se num mar duro como um tijolo. Deu dó, de tão sem graça que ficou....

Mas não desistiu. Reanimou-se. Levantou-se e continuou pensando: eu sou capaz de cada vez mais! Para tanto, é necessário enfrentar o mundo, a vida e tudo o mais! Dizia sempre: Ora, bolas, que me importa meu mau jeito! Que me importam as críticas e os gracejos dos outros! Que vão à m...!

Na sua mente latejava a vitória, custe o que custar! Velocidade máxima! Uma gaivota a trezentos e vinte quilômetros por hora! Nesse momento, nasceu uma nova era na vida de Fernão Capelo Gaivota. Voando para a sua solitária zona de treino, encolhendo as asas para um mergulho de dois mil e quatrocentos metros, dispôs-se imediatamente a descobrir como virar. E Fernão Capelo Gaivota fez as primeiras acrobacias aéreas de uma gaivota viva. Nesse dia não perdeu tempo conversando com outras gaivotas e voou até depois do pôr-do-sol. Descobriu o loop, o slow roll, o point roll, o inverted spin, o gull bunt, o pinwheel e todos os tipos de acrobacia aeronáutica.

Como vale a pena viver por vôos mais altos! Em vez de monótona labuta de procurar peixes junto a barcos de pesca, você pode buscar uma razão maior para viver!

Você pode encontrar-se como uma criatura fantástica, fascinante e maravilhosa!
Você pode ser livre!
Você pode aprender a voar!

Você pode voar, voar e voar! A voar sempre mais alto e vencer!

Você pode vencer a si mesmo!

Você pode ser feliz!

Seja feliz!