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O Maravilhoso, Fascinante e Fantástico Mundo do Egoshi

Seja Bem-Vindo! Seja Bem-Vinda!



terça-feira, 23 de novembro de 2010

QUAL É O SEGREDO DO SUCESSO?

SEIKOU = SUCESSO
Copyright @ Koiti Egoshi, 23 de novembro de 2010
Todos os Direitos Reservados


Qual é realmente o segredo do SUCESSO neste nosso mundo dos negócios?

Por que em geral norte-americanos sempre aparecem em destaque em todas as atividades humanas perante a humanidade, e nós brasileiros quase nada?

Nós brasileiros, não somos criativos? Não! Somos dos mais criativos do planeta, com o nosso jeitinho brasileiro, tanto para o mal quanto para o bem.

Brasileiros não atraem investidores? Não! Há muito tempo temos empresas estrangeiras instaladas no Brasil.

Não sabemos administrar? Não! Temos excelentes administradores administrando negócios e empresas cá e acolá. Temos até a Melhor Escola de Administração do Mundo: a Escola de Samba.

Somos ruins em promover nossos produtos? Não! Sabemos melhor que ninguém fazer gracinhas, agradar e persuadir todo mundo a comprar nossos produtos. Prova maior disso, é o estrondoso sucesso do nosso Carnaval de alegres passistas e mulatas gostosonas e belíssimas.

Então, por que não decolamos como os norte-americanos decolam?

Muito simples! Não somos unidos para ganhar dinheiro, eles são. Não somos unidos para coisas mais sérias, eles são. Somos unidos mais na alegria que na tristeza - eles, ao contrário.

Para que coisas sérias tenham sucesso, é necessária a união de quatro tipos de pessoas por um objetivo e uma missão em comum. Quatro tipos de pessoas que se complementem uns aos outros, cada qual cumprindo o seu preponderante e indispensável papel: PORRA LOKA, INVESTIDOR, ADMINISTRADOR e MARKETÓLOGO.

De Porra Loka criativo, é o que mais tem o brasileiro. Mas de nada adiantará só o Porra Loka.

Porra Loka tem que atrair um Investidor cheio de dinheiro que acredite nele, e ache que irá ganhar muito dinheiro com a sua criação. Só com eles, ainda não adiantará muita coisa.

Investidor só soltará seu rico dinheiro do seu bolso para um Administrador certinho e honesto, que saiba como ninguém, organizar toda uma estrutura para negócios e, sobretudo, saiba gerar mais dinheiro com dinheiro (otimizar ROI - Return over Investments). Que saiba também conter custos, evitar desvios e malversações do dinheiro do Investidor.

Por fim, alguém muito especial terá de promover e vender por aí, o produto de interesse comum do Porra Loka, Investidor e Administrador.

Esse alguém muito especial é o Marketólogo / Vendedor que consiga promover e vender o produto, por pior que seja. Mesmo contando um monte de mentirinhas por aí, com a maior cara de pau, e fazendo o maior fuzuê (Buzz Marketing) por intermédio de veículos de comunicação (mídia) e tecnologias da informação e comunicação (tic).

Este é o segredo do sucesso dos norte-americanos: união. União e complementação entre Porra Loka, Investidor, Administrador e Marketólogo / Vendedor.

Como diz o velho ditado, a união faz a força. E eu digo: a união poderá fazer o sucesso.

Sim, a união poderá fazer o sucesso como também poderá não fazê-lo, por diversos motivos - cognoscíveis e incognoscíveis.

Este é o significado do ideograma japonês SEIKOU, formado pelas letras SEI e KOU. SEI significa realizar e KOU, obra.

domingo, 12 de setembro de 2010

TRES METAS FACTÍVEIS
DE
SUSTENTABILIDADE

Acesse pelo link abaixo e compre por apenas R$ 28,00
http://www.agbook.com.br/book/29071--TRES_METAS_FACTIVEIS_DE_SUSTENTABILIDADE_
Palavras-chave: Administração do Bem-Estar Social, Ético e Ecológico; Administração da Infra-Estrutura; Análise de Riscos Sustentáveis; As Quatro Funções Básicas e Fundamentais do Estado; Auto-Conhecimento e Auto-Direção; Bem-Estar Geral e Paz Universal; Controle de Natalidade; Desenvolvimento Sustentável; Ecosfera; Ecological Footprint; Educação e Ensino; Metas Sustentáveis; Papel da Comunidade; Papel do Estado; Papel do Individuo; Papel da Sociedade; Pegada Ecológica; Qualidade de Vida; Realizações Sustentáveis; Redes Sociais Sustentáveis; Selva do Mato e Selva de Pedra; Superpopulação Humana; Sustentabilidade; Urbanização.

Em 27 de agosto de 2010 Koiti Egoshi marcou mais uma grande vitória, publicando mais um livro seu. Desta vez, Três Metas Factíveis de Sustentabilidade. Neste livro Egoshi propõe Três Metas Factíveis de Sustentabilidade desde já! Porque senão, seremos esmagados pela Pegada Ecológica da crescente superpopulação sufocante do planeta Terra!

Primeira Meta Factível: MULHER GERAR NO MÁXIMO UM FILHO! Acredite se quiser, assim a população decrescerá!

Segunda Meta Factível: PERMITIR NO MÁXIMO 10% DE URBANIZAÇÃO! Sim, ainda temos uma margem de segurança para aumentar cidades de seus atuais 3% de ocupação de terras para 10%!
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Terceira Meta Factível: PERMITIR NO MÁXIMO 20% DE AGROPECUÁRIA! Também temos um certo conforto de poder expandir os atuais 12% de terras ocupadas por agropecuária, para 20%!

Como se percebe, a Sustentabilidade é bem factível sem muito sacrifício - desde que desde já, cada um faça a sua parte de forma consciente, efetivamente administrando as Três Metas Factíveis de Sustentabilidade!
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O mestre de design Márcio Dupont chama essa sustentabilidade de Sustentabilidade Realista. Confira em: http://marciodupont.blogspot.com/.
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Aproveitando o ensejo, dentre outros posts muito interessantes, Márcio Dupont nos apresenta um excelente post sobre Design Humanitário - de forte conotação sustentável e procura ser ecologicamente correto. Confira em http://www.bdxpert.com/2010/08/30/uma-reflexao-sobre-o-design-humanitario-e-o-imperialismo/.

domingo, 5 de setembro de 2010

STAY HUNGRY! STAY FOOLISH!

O que realmente Steve Jobs quis dizer é:

TENHA FOME EM EMPREENDER! SEJA UM PORRA LOKA!

UM PORRA LOKA

HMBT_ORG – http://www.hmbt.org/tag/nerd-day/


É isso que realmente Steve Jobs quis dizer com Stay Hungry! Stay Foolish!


Tenha Fome em Empreender!

Tenha fome em criar!

Tenha fome em fazer acontecer!

Tenha fome em botar a mão na massa para obter resultados sensacionais!

Tenha fome por CHA – Conhecimentos, Habilidades e Atitudes arrebatadoras!


Seja um Porra Loka!

Seja uma criança! Dê vez para seu coração se manifestar!

Deixe de ser um (a) Maria vai com as outras!

Seja diferente dos (as) outros (as) e desenvolva seu Diferencial Competitivo!

Aprenda a levar e assimilar porrada na vida!

Levante-se e vá à luta!

Seja um Líder! Desenvolva seu Jeitão de Ser Triunfante!












terça-feira, 24 de agosto de 2010

Steve Jobs (1955)




STEVE JOBS, UM FERNÃO CAPELO GAIVOTA


Steve Jobs é um exemplo típico de Fernão Capelo Gaivota: rejeitado pela própria mãe, foi adotado por aqueles que ele os chama hoje de pais; foi abatido e caiu do alto do pedestal de sua própria empresa, teve inúmeros dissabores que lhe custaram um câncer no pâncreas e mesmo assim, deu a volta por cima!

É de fato, um senhor Fernão Capelo Gaivota! Senão, o próprio! Pois então, confira, lendo a íntegra do discurso de Steve Jobs em Stanford para graduandos de Administração da Universidade Stanford em 2005 (e em seguida, assista ao vídeo correspondente):

Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.



A primeira história é sobre ligar os pontos


Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais dezoito meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei?


Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina. Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: “Apareceu um garoto. Vocês o querem?” Eles disseram: “É claro.” Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade.


E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de 6 meses, eu não podia ver valor naquilo. Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria OK. Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes.


Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo. Muito do que descobri naquele época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço.


Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.


Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse. Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para a frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.


De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.



Minha segunda história é sobre amor e perda


Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação – o Macintosh – e eu tinha 30 anos. E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses. Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale [do Silício]. Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo.


Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa. Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple. E Lorene e eu temos uma família maravilhosa.


Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple. Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama. Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz. Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.



Minha terceira história é sobre morte


Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: “Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último”. Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: “Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?” E se a resposta é “não” por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.


Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo - expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar – caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.


Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas. Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de 3 a 6 semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas – que é o código dos médicos para “preparar para morrer”. Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus. Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem. Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá. Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.


O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém. Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas. Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior. E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário. Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid. Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes do Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de The Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês. Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras: “Continue com fome, continue bobo”. Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.


Obrigado.



Stay hungry! Stay foolish! Forever!





quarta-feira, 11 de agosto de 2010

SEJA SEMPRE UM FERNÃO CAPELO GAIVOTA
– Mensagem do Egoshi para você que quer ter sucesso e ser feliz –
(Baseado na A História de Fernão Capelo Gaivota de Richard Bach)

A maior parte das gaivotas não se preocupava em aprender mais do que os simples fatos do vôo – como ir da costa à comida e voltar. Para a maioria, o importante não é voar, mas comer. Para Fernão Capelo Gaivota, contudo, o importante não era só comer, mas sobretudo voar. Antes de tudo o mais, Fernão Capelo Gaivota adorava voar. Voar cada vez mais alto.

Até os próprios pais se sentiam desanimados ao vê-lo passar dias inteiros fazendo centenas de vôos rasantes, sozinho.

– Por que é que lhe custa tanto ser como o resto do bando? – lamentava-se a ele, sua mãe.

– Não esqueça que a razão por que você voa é comer – tentava conformá-lo, seu pai.

Fernão baixou a cabeça, obediente. E nos dias seguintes, tentou se comportar como outras gaivotas. Mas não conseguiu.

– Não faz sentido, pensava ele, largando deliberadamente uma anchova suculenta que lhe custara bastante a ganhar, aos pés de uma velha gaivota esfomeada, que o acossava. Não faz sentido... eu podia ganhar todo este tempo aprendendo a voar. Há tanto que aprender!

Não tardou muito que Fernão Capelo Gaivota voltasse a pairar no céu, sozinho, longínquo, esfomeado, feliz, aprendendo. O tema era velocidade. Ao cabo de uma semana de prática, conseguira aprender mais sobre velocidade do que a gaivota viva mais rápida.

A trezentos metros de altura, batendo as asas com toda a força do que era capaz, lançou-se numa vertiginosa picada direta às ondas e aprendeu por que razão gaivotas não fazem vertiginosos mergulhos picados. Em escassos seis segundos passou a mover-se a cento e vinte quilômetros por hora, velocidade que desequilibra as asas no arranque para a subida. Dez vezes tentou e dez vezes alcançou os cento e vinte quilômetros por hora, acabando sempre numa agitada massa de penas descontroladas que ia esmagar-se na água.... todo vergonhosamente desajeitado.....

Tentou outra vez a seiscentos metros, lançando-se no mergulho com o bico espetado, as asas bem abertas e firmes, a partir do momento em que ultrapassou os cento e vinte quilômetros por hora. Necessitou de uma tremenda força, e obteve resultado. Em dez segundos transformou-se numa mancha no céu, a cento e vinte quilômetros por hora. Fernão Capelo Gaivota acabava de estabelecer um recorde mundial de velocidade para gaivotas! Mas a vitória durou pouco. Fernão Capelo Gaivota explodiu à meia altura, e esmagou-se num mar duro como um tijolo. Deu dó, de tão sem graça que ficou....

Mas não desistiu. Reanimou-se. Levantou-se e continuou pensando: eu sou capaz de cada vez mais! Para tanto, é necessário enfrentar o mundo, a vida e tudo o mais! Dizia sempre: Ora, bolas, que me importa meu mau jeito! Que me importam as críticas e os gracejos dos outros! Que vão à m...!

Na sua mente latejava a vitória, custe o que custar! Velocidade máxima! Uma gaivota a trezentos e vinte quilômetros por hora! Nesse momento, nasceu uma nova era na vida de Fernão Capelo Gaivota. Voando para a sua solitária zona de treino, encolhendo as asas para um mergulho de dois mil e quatrocentos metros, dispôs-se imediatamente a descobrir como virar. E Fernão Capelo Gaivota fez as primeiras acrobacias aéreas de uma gaivota viva. Nesse dia não perdeu tempo conversando com outras gaivotas e voou até depois do pôr-do-sol. Descobriu o loop, o slow roll, o point roll, o inverted spin, o gull bunt, o pinwheel e todos os tipos de acrobacia aeronáutica.

Como vale a pena viver por vôos mais altos! Em vez de monótona labuta de procurar peixes junto a barcos de pesca, você pode buscar uma razão maior para viver!

Você pode encontrar-se como uma criatura fantástica, fascinante e maravilhosa!
Você pode ser livre!
Você pode aprender a voar!

Você pode voar, voar e voar! A voar sempre mais alto e vencer!

Você pode vencer a si mesmo!

Você pode ser feliz!

Seja feliz!

domingo, 6 de dezembro de 2009

INTERNET, A FRONTEIRA FINAL

O espaço, a fronteira final... estas são as viagens da nave estelar Enterprise, em sua missão de cinco anos, para explorar novos mundos, para pesquisar novas vidas, novas civilizações... audaciosamente indo aonde nenhum homem jamais esteve! (Capitão James Kirk anunciando a estréia da nave interestelar NCC 1701 em 8 de setembro de 1966 nos céus dos Estados Unidos, rumo ao fascinante espaço sideral)

Esse intróito anunciava um novo mundo: uma Terra em Paz e uma Humanidade Feliz, porque enfim os povos inteligentemente se entenderam e deixaram sua hipocrisia, estupidez e ignorância de lado, para conviverem com a máxima tolerância uns aos outros. Uma época em que os humanos descobriram e conheceram extraterrestres. Enfim, terráqueos e extraterrestres harmoniosamente irmanados entre si, pregavam paz e o bem-viver, explorando novos mundos, pesquisando novas civilizações, audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve. Mas como só o Bem existindo não tem graça nenhuma, os trekkers ao longo de sua jornada se sujeitam a uma série de problemas e aventuras emocionantes, até baterem de frente com os temíveis klingons que detonavam tudo que viam pela frente que não fosse do interesse deles.

Hoje a Terra ainda continua na Paz e na Guerra porque a Humanidade ainda vive na hipocrisia, estupidez e ignorância. Quem sabe até o Século 23 dos trekkers, como imaginou seu criador Gene Roddenberry (1921-1991), as guerras aqui na Terra sejam apenas páginas dos livros de história.

Entretanto, chegamos a um novo mundo, onde nenhum homem jamais esteve!

Navegamos hoje pelo Mundo Virtual em Rede, que coincidência ou não, começou a ser idealizada praticamente na mesma época em que Jornada nas Estrelas dava os seus primeiros passos. Um Mundo Virtual chamado Cyberspace ou Internet, paralelo ao Mundo Real que o construiu.

Um Mundo Virtual fruto do casamento do computador com a telecomunicação. Um Mundo Virtual que tende a realizar o velho sonho de Roddenberry e de todos nós: um mundo melhor, por qual lutamos incessantemente. Por que tende para melhor?

Porque se de um lado, permite cada vez mais em grande escala a comunicação, o compartilhamento e a produção em rede, de outro lado exige cada vez mais o entendimento e a compreensão entre os povos, para que estes justamente consigam usufruir os benefícios do Cyberspace.

Mas não podemos deixar de considerar que esse Mundo Virtual, além de ser paralelo, é uma réplica do Mundo Real, isto é: tem o lado bom e o lado mau, conforme a humanidade ainda discrimina entre coisas do Bem e do Mal. Da mesma forma que os trekkers deparam com os klingons, o Mundo Virtual é dos hackers e crackers, que fazem da Internet um Cyberspace repleto de emocionantes aventuras, tanto para aqueles que simplesmente assistem de fora, como àqueles internautas que adentram e navegam nele. É realmente fantástico, fascinante e maravilhoso esse Mundo Virtual paralelo. Mais esplendoroso ainda é vislumbrar os dois mundos, Real e Virtual, cada qual influenciando um ao outro sistemicamente. Como também não podemos omitir seu lado mais escuro e cinzento: o Mundo Real é cada vez mais dependente do Mundo Virtual e este, cada vez mais, virtualiza o Mundo Real. E esse processo é irreversível. Não tem como parar, nem voltar ao que era. Tem-se somente uma única alternativa: ir em frente porque ninguém quer ficar para trás.

Só nos resta então, efetivamente administrar tanto o Mundo Real quanto o Mundo Virtual para realizarmos o nosso sonho da Jornada nas Estrelas. Este é o convite que fazemos, para você adentrar ao nosso mundo repleto de emocionantes aventuras!

Bem-vindo ao emocionante Cyberspace dos Hackers e Crackers! Assista Guerreiros da Internet / Warriors on the Net:


sábado, 14 de novembro de 2009

O que devemos aprender com o Estouro da Boiada sobre a Loira da UNIBAN



O QUE REALMENTE HOUVE NA UNIBAN?

Incrível e inacreditável, mas ninguém sabe direito o que realmente houve. Nem a vítima, nem os agressores. Nem os dirigentes daquela renomada instituição de ensino reunidos em grupo, que decidiram expulsar a aluna. Nem mesmo a imprensa, nem a sociedade. Muito menos indivíduos, que distantes e alheios a tudo isso que aconteceu, julgam e condenam uma parte ou outra, de acordo com seus valores internos e relatos externos (via imprensa em geral, Internet, comentários, boletins de ocorrência, sindicâncias, fofocas etc).

Como bem analisou Le Bon (2008, p. 49) em 1895, “ninguém sabe direito e de forma exata a história”. É verdade, não sabemos nada mesmo. Sócrates tinha razão quando disse que “só sei que nada sei”.

Mas, aproveitando o ensejo, gostaria de informar aos meus leitores, que pelo menos um autor hoje muito esquecido, soube analisar de forma bem convincente fenômenos psicossociais de massa, como foi o caso da UNIBAN: Gustave Le Bon (1841-1931), que escreveu o livro Psicologia das Multidões. A partir de Le Bon arrisco efetuar esta minha singela análise, que começa tentando definir o problema. Aprendi na Ciência da Administração, que antes de buscar uma solução, temos de definir o problema de forma mais completa e certeira possível. Então, peço ao leitor, que reflita sobre as sábias palavras dele, sobre os grandes movimentos das massas populares:

1. “Ação inconsciente das multidões substituindo a atividade consciente dos indivíduos”.
2. “Pouco aptas ao raciocínio, as multidões mostram-se, ao contrário, muito aptas à ação”.
3. “A personalidade consciente desaparece, os sentimentos e as idéias de todas as unidades orientam-se numa mesma direção”.
4. “Orientação dos sentimentos e dos pensamentos em um mesmo sentido”.
5. “Milhares de indivíduos separados podem em um dado momento, sob a influência de certas emoções violentas, um grande acontecimento nacional, por exemplo, adquirir as características de uma multidão psicológica”.
6. “Essa alma os faz sentir, pensar e agir de um modo completamente diferente daquele como sentiria, pensaria e agiria cada um deles isoladamente”.
7. “A multidão psicológica é um ser provisório, composto de elementos heterogêneos por um instante amalgamados”.
8. “Na alma coletiva, apagam-se as aptidões intelectuais dos homens e conseqüentemente sua individualidade”.
9. “Diversas causas determinam o surgimento das características especificas das multidões. A primeira é que o individuo na multidão adquire, exclusivamente por causa de número, um sentimento de poder invencível que ele permite ceder a instintos que, sozinho, teria forçosamente refreado”.
10. “Sendo a multidão anônima e conseqüentemente irresponsável, desaparece inteiramente o sentimento de responsabilidade que sempre detém os indivíduos”.
11. “E é assim que vemos júris dos veredictos que os jurados desaprovariam individualmente, assembléias parlamentares adotar leis e medidas que cada um dos membros que as compõem reprovaria em particular”.
12. “Os sentimentos, bons ou maus, manifestados pela multidão, apresentam a dupla característica de serem muito simples e muito exagerados. Sob este aspecto, como sob tantos outros, o individuo em multidão aproxima-se dos seres primitivos”.
13. “Sendo a multidão impressionável apenas por sentimentos excessivos, o orador que quiser seduzi-la deverá abusar das afirmações violentas. Exagerar, afirmar, repetir e nunca tentar demonstrar qualquer coisa por meio de um raciocínio são os procedimentos de argumentação familiares aos oradores das reuniões populares”.
14. “A história das revoluções populares é quase incompreensível se desconhecermos os instintos profundamente conservadores das multidões”.
15. “Em sua eterna luta contra a razão, o sentimento nunca foi vencido”.
16. “O que toca a imaginação das multidões” são “o poder e o contágio das sugestões, sobretudo das apresentadas sob a forma de imagens”.
17. “O tique de um cavalo em uma estrebaria é rapidamente imitado pelos outros cavalos da mesma estrebaria”.
18. “Semelhante aos animais, o homem é naturalmente imitativo”.

Refletindo sobre essas 18 frases de Le Bon, façamos novamente a pergunta: O que realmente houve na UNIBAN?

Aconteceu na UNIBAN, o Estouro da Boiada. O Estouro da Boiada provocou a Muvuca dentro da universidade que se ampliou para fora, gerando a maior repercussão nacional e pasmem: internacional!

Estouro da Boiada é um fenômeno de massa. Um peão sabe como conduzir de forma mais rápida uma boiada: basta fazer disparar um boi sobre outro, que o resto sai em disparada. É um fenômeno mais comum do que imagina a nossa vã filosofia, diria Shakespeare. Nasce do mais íntimo das virtudes e dos defeitos do ser humano na sociedade, diria Maquiavel.

Muito provavelmente a boiada estourou assim: inconscientemente algumas alunas mais puritanas, ficaram com bronca da “metida a gostosa”, e ficaram com inveja do sucesso dela em desfiles nas passarelas da UNIBAN; outras, mais conservadoras, detestaram a pose “pra frentex” da “metida a estrela”. E quanto aos alunos? Talvez sentiram o machucado pior que as alunas: frustração na carne mesmo, com muita excitação sexual e sem a devida satisfação. Isso tudo aconteceu, ao mesmo tempo, em nanossegundos. Some-se a esse fenômeno, todas as frustrações de vida de cada um naquele exato momento. Encontraram na vítima, uma pessoa a quem descontar e botar a culpa por todas essas frustrações e males da vida. Sim, frustrações. Todos nós temos frustrações, em maior ou menor grau. Ter frustração é humano. Faz parte da vida. Êta, vida difícil!

Sim, mais uma vez, foi um estouro da boiada dentre vários que presenciei (e como dirigente tive o prazer de evitar alguns) em minha vida, e outras que a imprensa noticiou outrora, está noticiando e ainda há de noticiar no futuro – quando todo mundo já terá esquecido o que aconteceu na UNIBAN. Isso aconteceu e acontece muito em estádios em jogos de futebol – onde torcedores em fúria se enfrentam e todos saem perdendo.

Aconteceu até em uma escola de crianças, cujo caso ficou conhecido como o Caso da Escola-Base. Este sim foi de conseqüências extremamente nefastas, para as inocentes vítimas. Conforme noticiou o jornal “O Estado de S. Paulo” em 14 de setembro de 2005, “em março de 1994, a imprensa publicou reportagens sobre seis pessoas que estariam envolvidas no abuso sexual de crianças, alunas da Escola Base, localizada no Bairro da Aclimação, na capital. Jornais, revistas, emissoras de rádio e de TV basearam-se em fontes oficial — polícia e laudos médicos — e em depoimentos de pais de alunos. Tratava-se de um erro que, quando foi descoberto, a escola já havia sido depredada, os donos estavam falidos e eram ameaçados de morte em telefonemas anônimos”. E nunca mais se recuperaram. Isso só porque uma só criança inventou toda a história de pedofilia que estaria sendo cometida pelos professores. A partir daí, seus pais se revoltaram, deram parte às autoridades públicas, a imprensa tomou as “dores” e espalhou o “lamentável” ocorrido e a sociedade em geral caiu em inconsciente coletivo (Jung, 2007) – de Gustav Jung (1875-1961). Em outras palavras, inconscientemente indivíduos tendem a ser “Maria vai com as Outras”. Nosso grande mestre de ioga Hermógenes (1921) denomina de Normose (Hermógenes, 2008, p. 311), essa anomalia de comportamento. Para o neo-darwinista Richard Dawkins (1941), é Memetismo (Dawkins, 2001, p. 212-222).

Em histórias de estouro de boiada, sempre tem aquela coisa notória: todos querem achar um culpado e se vingar, e ninguém se sente culpado. Cada qual acha um culpado. Para a vítima, os culpados são os agressores. Para os agressores, a vítima. Os que não participaram da muvuca, cada qual, acha um culpado de acordo com seus valores internos e relatos externos que interpreta do jeito que vêem à sua mente (via imprensa em geral, Internet, comentários, boletins de ocorrência, sindicâncias, fofocas etc).

Ainda bem que foi apenas uma simples muvuca na UNIBAN. Mas poderia ter sido pior, com feridos e até mortes. Ou então, com trabalhadores honestos extremamente prejudicados para o resto da vida, como foram os donos da Escola-Base Icushiro Shimada e Maria Aparecida Shimada, além do motorista Maurício Monteiro de Alvarenga.

Então, gente, vamos cair na real, para não mais prejudicarmos pessoas gratuitamente e sem saber por quê!

Vamos aprender com os nossos erros!


O QUE DEVEMOS APRENDER

Primeiramente, vamos cair na real e aprender com esse episódio, que:

1. Não devemos levar a vida tão a sério

Desenvolvamos em nós a alegria espontânea e inocente das crianças. Não sejamos tão adultos. Convençamo-nos que a aplicação da lei, bem como tomar decisões em prol da moral e da ética, devem ser os últimos recursos. Porque tudo isso é sério demais. A vida não é tão séria assim. Queremos torná-la séria, mas a vida é tortuosa, defeituosa e cheia de descaminhos de altos e baixos. Todos podem estar certos e todos podem estar errados, depende do contexto e de valores que cada um carrega dentro de si. Tanto é verdade, que a UNIBAN tomou decisão acertada – com base na lei.

Mas a lei, ora a lei (aqui parafraseando Getulio Vargas) mostrou-se frágil, perante as mentes e os corações humanos espalhados por aí, irmanados e conectados em rede, que exigiram um amplo e caloroso diálogo, do que uma simples aplicação da fria lei – que poderia prejudicar uma indefesa criatura para o resto de sua vida. Muito embora, ela no desenrolar de toda essa muvuca, com certeza poderá fazer muito sucesso por aí e ganhar muito din-din, já que é hoje, uma celebridade!

A verdade é que, uma coisa tão banal, um vestido curto, fez estourar a boiada que quase derrubou o prédio da universidade (risos)! Amanhã, se alguém se lembrar do ocorrido, morrerá de rir.

2. Está aumentando mais ainda a responsabilidade de professores e dirigentes de escolas

Não só dirigentes de escolas, mas principalmente professores (do ensino fundamental até universidades) cada vez mais estão em contato direto com uma massa cada vez maior de alunos, seja em salas de aulas, seja nas dependências escolares. Não só de alunos, mas outros indivíduos que se integram às complexas redes sociais dos alunos que se formam a torto e direito, via Internet. De tal sorte que, professores e dirigentes escolares estão cada vez mais sujeitos a presenciarem estouros de boiada – desta vez, via Internet! E até serem vítimas (como já aconteceu e está acontecendo por aí), a torto e direito. Todo cuidado é pouco!

Daí é importante que todos nós, dirigentes, professores e alunos, se conscientizem dessa nova realidade – que exige novos conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA). Dentre esses novos CHA (na realidade não são novos, mas renovados) a serem considerados, temos: Administração com a Psicologia das Multidões, Administração de Redes de Relacionamento e Administração com Bom-Senso, Discernimento e Tolerância. Até para um professor não entrar de gaiato e não ser vítima inadvertidamente.

Também é necessário resgatar os antigos contatos e diálogos humanos face a face, cada vez mais esquecidos e deixados de lado, pela crescente robotização de tudo no mundo e do ser humano (que se relaciona e realiza cada vez mais por celulares, sistemas informatizados e serviços Internet) imposta por empresas e por ele mesmo. Exemplo? Você está do lado do seu colega de trabalho e se comunica lateralmente com ele, via Messenger e e-mail. Engraçado, né?

3. Está cada vez mais difícil para alunos entenderem este mundo

Enquanto os mais maduros só viviam no Mundo Real, os mais jovens de hoje já nasceram vivenciando dois mundos: o Mundo Real e o Mundo Virtual. Mas ambos praticamente sofrem dos mesmos problemas, que são causados pelo acréscimo do Mundo Virtual ao Mundo Real. A verdade é que, todos nós, maduros e jovens, somos cada vez mais obrigados a ser hiper-ativos, vivendo em dois mundos.

Enquanto os mais maduros têm dificuldade em se adaptar ao Mundo Real cada vez mais virtualizado e robotizado, os mais jovens sofrem com o difícil Mundo Real (conseguir um bom emprego que exige muito sacrifício e renúncia pessoais, por exemplo) em contraste ao fácil e divertido Mundo Virtual (Orkut, YouTube, messengers, e-mails e celulares, por exemplo).

Assim, maduros e jovens sofrem. Jovens até mais que maduros. Não tanto afeta os maduros, porque estes enfrentaram um Mundo Real sem as facilidades e os benefícios da Internet. Jovens sim, porque já nasceram sob benesses de videogames e cliques no computador no mundo da Alice no País das Maravilhas. Ao sair do computador, conscientemente sentem um tremendo de um choque ao cair no chato Mundo Real. Caem do Mundo Virtual para o Mundo Real. E esse tremendo choque inconscientemente vai se acumulando, até estourar um dia – estourou na UNIBAN. E poderá acontecer em qualquer outro lugar. E com qualquer tipo de humano.

Afora essa dimensão do Mundo Real adicionado de Mundo Virtual, tem uma outra complexa dimensão social que deve ser considerada: hoje temos, além das tradicionais famílias, outros tipos de famílias que também devem ser respeitadas. Antigamente as pessoas eram praticamente obrigadas a casar, ter filhos e levar aquela vidinha tradicional de nossos pais, avôs e tataravôs. Hoje, não – cada vez mais cada um vive do jeito que achar melhor. Daí, cada vez mais presenciamos uma verdade salada russa de famílias e grupamentos sociais heterogêneos. Isso tem mexido e muito, com as mentes e os corações jovens. Conseqüências: tendência a mais muvucas.

Outra questão é a da mulher que ainda bem, se emancipou e hoje, trabalha. Porém, isso gerou algumas perguntas novas a serem respondidas. Perguntas vêm, tais como: será que os filhos serão bem educados para o difícil Mundo Real, sem a presença diuturna da mãe? Será que enquanto ela trabalha, a mãe não fará falta aos filhos, para incutir em suas mentes e seus corações os princípios de moral, ética e bons costumes? São perguntas que ficam no ar, para serem respondidas. Como diz um velho ditado, perguntar não ofende, né?

4. Está cada vez mais difícil viver bem neste nosso mundo cada vez mais complexo

Tudo está muito fácil com a Internet e as tecnologias da informação e comunicação. Ao mesmo tempo, fica mais difícil viver bem neste nosso mundo. Este é o grande paradoxo da Era Internet! E não se aprendeu a viver com paradoxos. Vamos citar um exemplo: a gratuidade.

Você já percebeu, que cada vez mais, um vídeo em DVD está de graça? Inclusive com aqueles três filmes que estão passando no cinema? Ainda não sacou que você assiste de graça um show pelo YouTube? Você ainda não imaginou, quanto dinheiro se gastou, para a realização desses shows e filmes? Talvez você mais novo não saiba, mas, outrora os mais maduros tinham de ficar em longas filas de cinema para assistir! E se pagava! A tecnologia da informação e comunicação está transformando tudo em coisa grátis – que bom, né?

Que bom, nada! De que forma empresas e indivíduos irão ganhar dinheiro, se tudo está ficando de graça? Você acha que um empresário irá investir uma nota preta, para não ter nenhum retorno? Claro, que não. Se empresário não investir, você não terá emprego.

Então, a vida não está fácil pra ninguém, nem para pobres nem para ricos. Está cada vez mais difícil rico se manter rico. E pobre ficar rico. Você sabe disso. Que fazer, então?

Só nos resta tomar uma atitude pró-ativagastando nosso tempo e nossa energia para coisas realmente importantes. Porque o mar não está pra peixe, não. Não culpemos ninguém, então.



ENTÃO, VAMOS COMEMORAR!

Sim, vamos comemorar e fazer festa! Vamos nos irmanar e confraternizar.

Sigam o exemplo do Barack Obama! Só para lembrar, Obama em 30 de julho de 2009, convidou um policial branco e um professor negro, para tomar uma cervejinha na Casa Branca, e comemorar alegremente. Ambos quase reacenderam aquela antiga questão racial entre brancos e negros em apartheid.

Obama percebeu a tempo, que todos estavam errados – inclusive ele, que se intrometeu e disse besteiras que ecoaram, pelo mundo todo. Ou então, invertendo o raciocínio, que cada um estava certo de acordo com a interpretação em um dado contexto.

O policial estava certo, porque ele prendeu um sujeito que estava tentando arrombar a porta de uma casa – logo uma vizinha acionou a polícia. Esse sujeito era o professor Henry Louis Gates Jr (e a porta que ele estava arrombando, era da casa dele!) – e por incrível que pareça, amigo de Obama. Houve uma troca de palavrões, e o professor interpretou alguns grunhidos do sargento James Crowley, como racistas. Virou manchete nacional, e depois, internacional – virou um rebu danado.

Para todo mundo sair feliz e sorrir, Obama promoveu a coisa mais barata e antiga do mundo: uma festa de confraternização, para comemorar o sucesso de todos: do policial, do professor e do próprio Obama. Do policial e do professor mais ainda, porque de repente se transformaram em celebridades!

Proponho de coração, que a vítima, os agressores, alunos, funcionários, professores e a direção da UNIBAN se conciliem e comemorem – porque afinal, tudo acabou bem, apesar dos pesares, dos apuros e dos mal-estares que todo mundo passou.

Não esqueçam de homenagear aquele professor que impôs sua autoridade, e não permitiu que alunos adentrassem a sala de aula, e fizessem a pior besteira de suas vidas – e se a tivessem consumado, todos, mas todos, estariam se lamentando hoje!

Também não esqueçam de convidar todo mundo, anunciem a festa e façam o maior auê! Façam um tremendo dum Buzz Marketing – porque valerá a pena pela paz e felicidade de todos! Será que não está na hora, de o Brasil também, dar um exemplo para o mundo?

Give peace a chance – como cantaria John Lennon, nessa festa de conciliação na UNIBAN!

Até eu cantaria I started a joke, feito Bee Gees!
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Referências Bibliográficas

DAWKINS, Richard. O Gene Egoísta. Belo Horizonte: Itatiaia, 2001.
HERMÓGENES. Autoperfeição com Hatha Yoga. Rio de Janeiro: Nova Era, 2008.
JUNG, Carl Gustav. Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo. 5ª Edição. Petrópolis: Vozes, 2007.
LE BON, Gustave. Psicologia das Multidões. São Paulo: WMF, 2008.
PORTAL DA TAUROMAQUIA. Pastel Manada. Disponível em http://www.enciclopedia.com.pt/images/pastel%20manada.jpg. Acesso em 14 nov 2009.
VETORIZAR.COM. Mulher Balada. Disponível em http://www.vetorizar.com/enviados/2008/agosto/arquivos/mulherbalada.gif. Acesso em 14 nov 2009.